A proteção do patrimônio cultural brasileiro e sua relação com a teoria de Viollet-Le-Duc

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2021.169113

Palavras-chave:

Restauração, Barroco, Colonial

Resumo

Com o desenvolvimento das restaurações de patrimônios históricos como disciplina acadêmica, na Europa do século XIX, o pensamento de Viollet-Le-Duc tornou-se um norteador. Segundo o arquiteto, “restaurar um edifício é restituí-lo a um estado completo que pode nunca ter existido num momento dado”. Com os estudos sobre a Idade Média, frutos do desenvolvimento de uma identidade nacional, esses “restauros em estilo” manifestaram-se em Igrejas e Castelos europeus. No Brasil, graças ao projeto nacional Modernista, um processo paralelo ocorreu, tendo como elemento central a cultura barroca, sobretudo na cidade de Ouro Preto. O SPHAN, posteriormente IPHAN, foi o órgão encarregado para proteger o patrimônio que manifestaria tal cultura, e sua atuação tem muito em comum com os postulados de Eugène Viollet-Le-Duc.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • William Vicari Filho, Universidade Federal de São Paulo

    Licenciado em História pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, o autor é parte do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da UNIFESP, como mestrando. Dentre as áreas de especialização, encontram se os estudos sobre o Brasil Joanino e a inserção da Arte neoclássica no Brasil

Referências

BEZERRA DE MENEZES, E. D. O Barroco como cosmovisão matricial do Êthos Cultural Brasileiro. Revista Ciências Sociais, 39-1, Universidade Federal do Ceará. 2008, p. 52-65.

BRUSADIN, Leandro; DA SILVA, Rafael Henrique. O USO TURÍSTICO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM OURO PRETO. Ilhéus: Revista Cultur, ano 06, n.1. UESC. 2012, p.77-82.

CHAUI, Marilena. “Brasil: mito fundador e sociedade autoritária”. In: ROCHA, André (org.). Marilena Chauí. Manifestações ideológicas do autoritarismo brasileiro. Belo Horizonte/ São Paulo; Autêntica/ Fundação Perseu Abramo, 2013, vol. 2, p. 147-237.

CHOAY, Françoise. Alegoria do Patrimônio . São Paulo: Editora da Unesp, 2006, p. 149-167.

CUNHA, Claudia dos Reis. Restauração: diálogos entre teoria e prática no Brasil nas experiências do IPHAN. Tese de Doutorado FAU-USP. São Paulo, 2010.

GALLI, Claudio, et al. A teoria e prática do restauro arquitetônico: A influência da cultura européia e seus desdobramentos na realidade brasileira. São Paulo: Revista Arq.urb, n. 16, Universidade São Judas Tadeu 2016, p.9-12.

GONÇALVES, José Reginaldo. Autenticidade, Memória e Ideologias Nacionais: O problema dos patrimônios culturais. Revista Estudos Históricos, v.1 n.2. São Paulo: Fundação Getulio Vargas, 1988, p. 266-271.

HOBSBAWM, Eric. A invenção das tradições. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 2006, p. 9-23.

NATAL, Caion Meneguello. Ouro Preto: A construção de uma cidade histórica, 1891-1933. Dissertação de Mestrado. Campinas: UNICAMP, 2007, p. 109-119.

Verbete sobre Eugène-Emmanuel Viollet-Le-Duc. Encyclopaedia Britannica. Disponível em: <https://www.britannica.com/biography/Eugene-Emmanuel-Viollet-le-Duc>. Acesso em 10/06/2019.

VIOLLET-LE-DUC, Eugene. On Restoration. Londres: Sampson Low, Marston & Co. 1875, p. 9-63.

Downloads

Publicado

2021-06-24

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Vicari Filho, W. (2021). A proteção do patrimônio cultural brasileiro e sua relação com a teoria de Viollet-Le-Duc. Risco Revista De Pesquisa Em Arquitetura E Urbanismo (Online), 19, 1-9. https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2021.169113