Estudo da permanência dos enfermeiros no trabalho

Autores

  • Emília Luigia Saporiti Angerami Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; Departamento de Enfermagem Geral e Especializada
  • Daisy Leslie Steagall Gomes Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; Departamento de Enfermagem Materno-Infantil
  • Iranilde José Messias Mendes Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; Departamento de Enfermagem Materno-Infantil

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-11692000000500008

Palavras-chave:

recursos humanos de enfermagem, prática profissional, trabalho

Resumo

Uma das razões da carência de enfermeiros no mundo é o abandono da profissão. Poucas pesquisas tem sido realizadas para comprovar este fato. A permanência de enfermeiros no mercado de trabalho e os motivos para o seu abandono constituem os objetivos desta pesquisa. Os autores tentaram o contato com 1112 enfermeiros egressos do Curso de Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto ¾ USP, Brasil, formados no período de 1957 a 1990. Desses, não foram localizados 95 enfermeiros (8,54%); 1017 (91,46%) foram contatados por cartas, telefones ou entrevistas, solicitandos a responder um questionário; 808 (72,66%) responderam; 194 (17,45%) não responderam; 4 (0,36%) recusaram-se e 11 (0,99%) haviam falecidos. Os resultados mostraram que 19 (2,35%) não ingressaram no mercado de trabalho; 661 (81,81%) trabalharam na profissão; 102 (12,62%) trabalharam por um período de tempo e 26 (3,22%) estão aposentados. Alguns destes, 6 (23,08% do total dos aposentados), continuam trabalhando. Para o grupo estudado a análise mostra que a porcentagem de abandono é pequena. Outros estudos, entretanto, outros estudos deveriam ser realizados para comparação dos resultados. As razões pelas quais os enfermeiros permaneciam em exercício estão relacionados ao gostarem da profissão, embora declarem seu trabalho não ser reconhecido e mal remunerado. O abandono está relacionado a motivos pessoais e familiares. As constantes trocas de turnos, falta de motivação são outras razões apontadas para a interrupção do trabalho. Conclui-se que os enfermeiros gostam da profissão e apreciariam permanecer, entretanto, clamam por melhores condições de trabalho.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2000-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Estudo da permanência dos enfermeiros no trabalho. (2000). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 8(5), 52-57. https://doi.org/10.1590/S0104-11692000000500008