Sífilis na gestação
associação das características maternas e perinatais em região do sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/rlae.v26i0.154237Palavras-chave:
Sífilis, Gestação, Fatores de Risco, Sífilis Congênita, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Saúde Materno-InfantilResumo
Objetivo: Analisar a prevalência de sífilis na gestação e sua associação com características socioeconômicas, histórico reprodutivo, assistência no pré-natal e no parto e características do recém-nascido. Método: Estudo retrospectivo, transversal, realizado a partir das notificações de sífilis gestacional e sífilis congênita. Realizou-se linkage dos bancos de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e Sistema de Informação sobre Mortalidade. Resultados: A prevalência da sífilis gestacional foi de 0,57%. Foram encontradas as seguintes associações à sífilis na gestação: raça/cor não branca (RP=4,6; IC=3,62-5,76); baixa escolaridade (RP=15,4; IC=12,60-18,86); e ausência do pré-natal (RP=7,4; IC=3,68-14,9). Os desfechos perinatais associados à sífilis gestacional foram prematuridade (RP=1,6 IC=1,17-2,21) e baixo peso ao nascer (RP=1,6; IC=1,14-2,28). Notificaram-se dois óbitos por sífilis congênita, um óbito por outra causa e cinco natimortos. Conclusão: Os resultados apontam que há um longo caminho para o alcance da meta da Organização Mundial da Saúde de erradicação da sífilis congênita.