Prevalência de vaginose bacteriana e fatores associados em mulheres que fazem sexo com mulheres

Autores

  • Mariana Alice de Oliveira Ignacio Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu https://orcid.org/0000-0002-3209-035X
  • Juliane Andrade Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde
  • Ana Paula Freneda de Freitas Universidade Estadual Paulista, Centro de Saúde Escola
  • Gabriel Vitor da Silva Pinto Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu
  • Marcia Guimarães da Silva Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu
  • Marli Teresinha Cassamassimo Duarte Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu

DOI:

https://doi.org/10.1590/1518-8345.2491.3077

Palavras-chave:

Vaginose Bacteriana, Microbiota, Fatores de Risco, Prevalência, Homossexualidade Feminina, Saúde Sexual e Reprodutiva

Resumo

Objetivo: descrever a prevalência de vaginose bacteriana e fatores associados em mulheres que fazem sexo com mulheres. Método: trata-se de estudo transversal, descritivo e analítico com 150 mulheres. O padrão de microbiota vaginal foi analisado por microscopia do conteúdo vaginal corado pelo método de Gram. Amostras de secreção endocervical foram coletadas com cytobrush para a pesquisa de endocervicites por Chlamydia trachomatis e para infecção por Papilomavírus Humano por meio de reação em cadeia da polimerase. Dados sociodemográficos, de comportamento sexual e de história clínica foram obtidos por entrevista. Regressão logística foi realizada para identificar fatores de risco independentemente associados à vaginose bacteriana. Resultados: dentre as 150 participantes, 71 (47,3%) tinham alguma alteração da microbiota vaginal, 54 (36,0%) vaginose bacteriana e 12 (8,0%) Flora II. A variável independentemente associada com vaginose bacteriana foi o uso de acessórios sexuais [2,37(1,13-4,97), p=0,022]. Conclusão: a elevada prevalência de vaginose bacteriana entre mulheres que fazem sexo com mulheres aponta a necessidade de rastreio nessa população. O uso de acessórios sexuais associado a esse agravo sugere a possibilidade de transmissão de fluidos sexuais entre as parceiras durante o ato sexual, o que demonstra necessidade de ações de educação em saúde sexual e reprodutiva.

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Publicado

2019-03-26

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Prevalência de vaginose bacteriana e fatores associados em mulheres que fazem sexo com mulheres. (2019). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 26, e3077. https://doi.org/10.1590/1518-8345.2491.3077