Pobreza, bioética e pesquisa

Autores

  • Cléa Regina de Oliveira Ribeiro WHO; Collaborating Center for Nursing Research Development
  • Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli WHO; Collaborating Center for Nursing Research Development

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000700020

Palavras-chave:

bioética, pobreza, iniqüidade social, pesquisa biomédica, vulnerabilidade, eqüidade, autonomia pessoal

Resumo

Realiza-se, aqui, reflexão bioética sobre a concepção de pobreza enquanto condição, ou circunstância, de restrição e vulnerabilidade. Tal concepção prevê duas perspectivas: a econômica que relaciona pobreza com incapacidade (visão do Banco Mundial, a partir das recomendações políticas para o ajuste econômico dos países latino-americanos) e a ético-filosófica, relacionando pobreza com desigualdade (fundamentada nos conceitos de eqüidade e igualdade, enquanto desdobramentos da idéia de justiça). Uma das graves conseqüências é o tratamento injusto, no que diz respeito aos procedimentos de pesquisa dos países ricos que recrutam populações de países pobres como campo experimental para investigações na área da saúde, principalmente pesquisas biomédicas ou farmacêuticas, colocando sob questionamento ético o caráter de vulnerabilidade e autonomia desses indivíduos.

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Publicado

2007-10-01

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Pobreza, bioética e pesquisa. (2007). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 15(spe), 843-849. https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000700020