Diagnóstico tardio de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana e fatores associados
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.4072.3342Palavras-chave:
HIV, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Infecções por HIV, Diagnóstico Tardio, Diagnóstico Precoce, Estudos TransversaisResumo
Objetivo: analisar a ocorrência de diagnóstico tardio de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana e seus fatores associados. Método: trata-se de estudo epidemiológico, transversal e analítico, realizado com 369 pessoas acompanhadas por Serviços de Assistência Especializada, em tratamento antirretroviral, entrevistadas por meio de questionário. Realizou-se análise univariada, utilizando-se os testes Qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e o teste de Kruskall-Wallis, e análise multivariada, pelo modelo de regressão logística ordinal de chances proporcionais. Resultados: observou-se a ocorrência de 59,1% de diagnóstico tardio da infecção; a probabilidade de diagnóstico mais tardio é maior entre pessoas que têm parceria fixa, quando comparadas aos que não têm; com o aumento da idade, particularmente, acima dos 35 anos; entre os que possuem menor escolaridade; para os que buscam os serviços de saúde para realizar o teste de HIV quando se sentem doentes; para aqueles que fazem o teste de HIV com menor frequência ou nunca o fazem após relação sexual sem preservativo com parceria fixa. Conclusão: o conhecimento da elevada proporção de diagnóstico tardio e de seus fatores associados verificados neste estudo tornam imperiosos o planejamento e a implementação de novas políticas e estratégias que visem ao diagnóstico oportuno da infecção.
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