O cuidado de crianças e adolescentes negros com problemas de saúde mental na interseccionalidade entre gênero e raça

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1518-8345.6058.3943

Palavras-chave:

Saúde Mental; Gênero; Raça; Crianças; Adolescentes; Centros Comunitários de Saúde Mental

Resumo

Objetivo: caracterizar o perfil sociofamiliar de crianças e adolescentes negros com problemas de saúde mental e descrever interseccionalmente quem se responsabiliza por seus cuidados. Método: estudo descritivo exploratório de abordagem quantitativa, desenvolvido em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil da região norte do município de São Paulo. Os dados foram coletados com 47 familiares de crianças e adolescentes negros, utilizando um roteiro com variáveis pré-definidas, submetidas à análise estatística. Resultados: foram realizadas 49 entrevistas, sendo 95,5% com mulheres, média de idade de 39 anos, 88,6% mães, 85,7% negras. A renda familiar é proveniente de salário, para 100% dos cuidadores homens e para 59% das mulheres. Dentre as cuidadoras pretas, 25% possuem casa própria, sendo que, dentre as pardas, 46,2%. Do total de cuidadores, 10% vivem em condições de ocupação, 20% habitam moradias cedidas, 35% casas próprias e 35% alugadas. A rede social de suporte é maior entre os brancos (16,7%), seguido pelos pardos (3,8%) e ausente entre os pretos (0%). Conclusão: as responsáveis pelo cuidado de crianças e adolescentes negros acompanhados pelo CAPSij, são na quase totalidade mulheres, “mães ou avós” negras (pretas ou pardas), com acesso desigual à educação, trabalho e moradia, direitos sociais constitucionais no Brasil.

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Publicado

2023-06-19

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O cuidado de crianças e adolescentes negros com problemas de saúde mental na interseccionalidade entre gênero e raça. (2023). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 31, e3943. https://doi.org/10.1590/1518-8345.6058.3943