A violência no cotidiano da prostituição: invisibilidades e ambiguidades
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000500018Palavras-chave:
Prostituição, Violência, Mulheres, EnfermagemResumo
OBJETIVO: desvelar o sentido da violência no cotidiano da prostituição feminina. MÉTODO: utilizou-se abordagem fenomenológica de Martin Heidegger. A pesquisa foi realizada em Teresina, Piauí, Brasil, com 11 mulheres, membros da Associação das Prostitutas do Piauí. Os dados foram produzidos por meio da entrevista aberta, conduzida por um roteiro com perguntas acerca da vivência como prostituta e sua relação com a violência. RESULTADOS: os relatos evidenciaram ser a prostituição uma atividade de risco, na qual a violência de gênero é um fenômeno presente. Nesse mundo relacional, prostituição e violência se entrelaçam em face de negociações estabelecidas entre a mulher e o homem, com contratos formalizados às escuras, verbalmente, sem testemunhas e cujo objeto de contrato é a própria mulher, com a finalidade de proporcionar prazer sexual ao contratante. Por meio da análise interpretativa, foi possível compreender que o vivido da violência leva a mulher a permanecer nesse cotidiano no qual estão presentes o temor, a inautenticidade e a ambiguidade. CONCLUSÕES: o vivido da violência desvela relações de dominação e afirmação do poder masculino, manifestadas por violência física, psicológica, moral e sexual. O estudo avança no conhecimento científico, ao mostrar que a violência contra a mulher, em situação de prostituição, precisa ser compreendida como processo factual, assim como pelo sofrimento vivido por ela.Downloads
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Publicado
2012-10-01
Edição
Seção
Artigos Originais
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A violência no cotidiano da prostituição: invisibilidades e ambiguidades. (2012). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 20(5), 954-960. https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000500018