Modelos experimentais para o estudo do diabetes tipo 1

Autores

  • Vanessa R. Kirsten Centro Universitário Franciscano
  • Patrícia Sesterheim Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • David Saitovitch Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v43i1p3-10

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus Experimental. Modelos de Animal Experimental. Camundongos Diabéticos não Obesos.

Resumo

Os modelos animais de diabetes têm sido usados extensivamente na obtenção do esclarecimentosobre esta doença. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os principaismodelos experimentais para o estudo do diabetes mellitus. Dentre os modelos experimentais para oestudo do diabetes, existem os modelos induzidos quimicamente por aloxana e streptozotocina, sendoque a dose utilizada depende da espécie do animal e do seu peso. Além disso, existem dois excelentesmodelos de diabetes espontâneo: os ratos BB (Biobreading) e os camundongos NOD (Non ObeseDiabetic). Os camundongos NOD são o modelo mais estudado de doença espontânea auto-imuneórgão-específico em todo o mundo. As razões para a preferência deste modelo incluem um genomabem definido, maior quantidade de reagentes monoclonais para a análise de componentes do sistemaimune e um custo razoavelmente baixo, comparado com a utilização de ratos. Estes camundongosexibem autoimunidade espontânea com destruição das ilhotas pancreáticas, de forma semelhante àobservada em humanos. A destruição auto-imune é caracterizada por insulite e infiltrado leucocitárionas ilhotas pancreáticas. Esta infiltração é composta predominantemente por células dendríticas, macrófagos,por células TCD4, TCD8 e células B. Os fatores ambientais em conjunto com a genética,claramente modificam a incidência do diabetes tipo 1 nos modelos experimentais espontâneos. Asuscetibilidade destes camundongos é poligênica e ambiental, enfatizando condições de habitação,sanitárias, dietéticas e de gênero. A incidência de diabetes em camundongos NOD é aproximadamentequatro vezes maior em fêmeas do que em machos. As informações obtidas através deste excelentemodelo animal podem ser relevantes para O entendimento do processo da doença nos humanos.

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Biografia do Autor

  • Vanessa R. Kirsten, Centro Universitário Franciscano

    Professora do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Doutoranda em Saúde da Criança e do adolescente (UFRGS) Mestre em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Especialista em Nutrição Clínica pela UNISINOS, Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).

  • Patrícia Sesterheim, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Bióloga (PUCRS); Mestre em Clínica Médica/Nefrologia (UFRGS); Doutora em Ciências da Saúde/Nefrologia (PUCRS).

  • David Saitovitch, Universidade Federal de São Paulo

    Médico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mestre em Medicina (Nefrologia) pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Doutor em Imunologia de Transplantes - University of Oxford. Professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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Publicado

2010-03-30

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Como Citar

1.
Modelos experimentais para o estudo do diabetes tipo 1. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de março de 2010 [citado 29º de março de 2024];43(1):3-10. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/159