Atividade física na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em homens

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i2p163-169

Palavras-chave:

Saúde Masculina, Exercício, Atenção Primária à Saúde, Doenças não Transmissíveis

Resumo

Introdução: A promoção da atividade física (AF) é uma das prioridades das políticas públicas de atenção básica à saúde, especialmente para o público masculino. Objetivo: Avaliar a associação da prática de atividade física com o estilo de vida e presença doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) em usuários do sexo masculino de Unidade Básica de Saúde (UBS). Métodos: Participaram do estudo 119 homens na faixa etária de 20 a 59 anos. A associação entre a prática de atividade física com variáveis sociodemográficas, etilismo, tabagismo, uso de medicamento, presença de doenças crônicas não transmissíveis e conhecimento da política de saúde do homem foi realizada por Regressão Logística com um α=5%. Resultados: A prevalência de atividade física foi de 58,8%, entretanto 36,7% dos participantes faziam uso de medicações diariamente e 70,6% não conhecem a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Além disso, fazer atividade física demonstrou como um fator de proteção contra as doenças crônicas não transmissíveis (OR = 2,97; IC 95% 1,03 – 8,55; p = 0,043). Conclusão: A prática de atividade física em homens, independentemente da idade, tabagismo e etilismo foi associada à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Hoffman, S. J. Introduction to kinesiology: studying physical activity. Human Kinetics, 2009.

Lee, I. M., Shiroma, E. J., Lobelo, F., Puska, P., Blair, S. N., Katzmarzyk, P. T., & Lancet Physical Activity Series Working Group. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. The lancet, 2012;380(9838), 219-229.

Pitanga FJG, Matos SM, Almeida MC, Barreto SM & Aquino EM. Atividade Física no Tempo Livre, porém não Atividade Física no Deslocamento, está Associada com Risco Cardiovascular em Participantes do ELSA-Brasil. Arq Bras Cardiol, 2018;110(1), 36-43.

WHO. World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Genebra: WHO: 2010.

Rezende LFM, Rabacow FM, Viscondi JYK, Luiz ODC, Matsudo VKR & Lee IM. Effect of physical inactivity on major noncommunicable diseases and life expectancy in Brazil. Journal of Physical Activity and Health, 2015;12(3), 299-306.

Diesporte. Saiba como, onde e por que se pratica esportes no Brasil. Caderno 1. Junho. 2015. Disponível em: http://www.esporte.gov.br/diesporte/diesporte_grafica.pdf.

Hallal PC, Andersen LB, Bull FC et al. Global physical activity levels: Surveillance progress, pitfalls, and prospects. Lancet. 2012;380(9838):247-257. doi:10.1016/S0140-6736(12)60646-1.

Kohl HW, Craig CL, Lambert EV et al. The pandemic of physical inactivity: Global action for public health. Lancet. 2012;380(9838):294-305. doi:10.1016/S0140-6736(12)60898-8.

Brasil. Secretaria de Atenção À Saúde Departamento de Atenção Básica Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

Knauth DR, Couto MT, Figueiredo WDS. A visão dos profissionais sobre a presença e as demandas dos homens nos serviços de saúde: perspectivas para a análise da implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Ciência & Saúde Coletiva, 2012;17, 2617-2626.

Alves R, Silva R, Ernesto MV, Lima AGB, Souza FM. Gênero e saúde: o cuidar do homem em debate. Psicol Teor e Prática. 2011;13(2007):152-166. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872011000300012&script=sci_arttext&tlng=en.

Carneiro LMR, Santos MPA, Macena RHM, Vasconcelos TB. Comprehensiveness in men’s health care: a challenge in primary care, Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 2016; 29(4): 554-563. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/408/40849609011.pdf.

Chakora ES. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Esc Anna Nery. 2014;18(4):559-561.

EMAP. Empresa Maranhense de Administração Portuária. Conhecer para transformar: Diagnóstico do Itaqui-Bacanga. 2017. Disponível: http://www.icema.org.br/diagnostico-itaqui-bacanga/ Acesso em: 10 fev. 2018.

Moura JG, Santos AV, Paula RZA. Demanda por transporte de passageiros em São Luís-MA: um estudo para o eixo Itaqui-Bacanga. In: Seminário Internacional Sobre Desenvolvimento Regional, 2015.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria No 2.488, De 21 De Outubro De 2011. Diário Oficial da União. 2011:37. http://www.saude.mt.gov.br/upload/legislacao/2488-[5046-041111-SES-MT].pdf.

Escorel S, Giovanella L, Mendonça MHM, Senna CMM. O Programa de Saúde da Família e a construção de um novo modelo para a atenção básica no Brasil. Rev Panam Salud Pública. 2007;21(2-3):164-176. doi:10.1590/S1020-49892007000200011.

Booth FW, Roberts CK, Laye MJ. Lack of exercise is a major cause of chronic diseases. Compr Physiol. 2012;2(2):1143-1211. doi:10.1002/cphy.c110025.Lack.

Jesus TCO. O Sentido Da Educação Física Nos Programas de Saúde Da Família (PSF) Para a Comunidade e Profissionais de Saúde. [Monografia]. Uruana – GO: Universidade Federal de Goiás; 2013.

Golightly YM, Allen KD, Ambrose KR, et al. Physical Activity as a Vital Sign: A Systematic Review. Prev Chronic Dis. 2017;14:170030. doi:10.5888/pcd14.170030.

Pitanga FJG, Almeida, LAB, Freitas MM, Pitanga CPS & Beck CC. Atividade física como discriminador da ausência de hipertensão arterial em homens adultos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2014;20(6), 456-460.

Pitanga FJG, Almeida LAB., Freitas MM, Pitanga CPS, Beck CC. Padrões de atividade física em diferentes domínios e ausência de diabetes em adultos. Motri. 2010;6(1):5-17.

Holtermann A, Mortensen OS, Burr H, Søgaard K, Gyntelberg F, Suadicani P. Fitness, work, and leisure-time physical activity and ischaemic heart disease and all-cause mortality among men with pre-existing cardiovascular disease. Scand J Work Environ Health. 2010; 36(5):349-55.

Santos MHD. Atividade física e bem-estar em adultos do município de Campinas-SP: estudo de base populacional ISAcamp 2014/15. Dissertação. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, 2017.

Malta DC, Moura ECD, Castro AMD, Cruz DKA, Morais Neto OLD & Monteiro, CA. Padrão de atividade física em adultos brasileiros: resultados de um inquérito por entrevistas telefônicas, 2006. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2009;18(1), 7-16.

Mielke GI, Malta DC, Sá GBARD, Reis RS & Hallal PC. Diferenças regionais e fatores associados à prática de atividade física no lazer no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde-2013. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2015;18, 158-169.

Knuth AG, Malta DC, Dumith SC, Pereira CA, Morais Neto OL, Temporão JG, et al. Prática de atividade física e sedentarismo em brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(9):3697-705.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil 2013: uma análise da situação de saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.

Young MD, Morgan PJ, Plotnikoff RC, Callister R, Collins CE. Effectiveness of male-only weight loss and weight loss maintenance interventions: A systematic review with meta-analysis. Obes Rev. 2012;13(5):393-408. doi:10.1111/j.1467-789X.2011.00967.x.

Sinclair A, Alexander HA. Using outreach to involve the hard-to-reach in a health check: What difference does it make? Public Health. 2012;126(2):87-95. doi:10.1016/j.puhe.2011.11.004.

Oliveira, MM, Daher DV, Da Silva JLL, Andrade SSCA. Men’s health in question: seeking assistance in primary health care. Ciência & Saúde Coletiva, 20(1):273-278, 2015.

Silva PLN, Maciel MM, Carfesan CS, Santos S. A Política de Atenção à Saúde do Homem no Brasil e os Desafios da sua Implantação: uma revisão integrativa. Enfermería Glob. 2013;32:414-443.

Andrade D, Andrade E, Garcia L. Redes de promoção de atividade física: uma reflexão entre discurso e prática. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2017;22(1):1-3.

Sohn EK, Porch T, Hill S, Thorpe Jr RJ. Geography, Race/Ethnicity, and Physical Activity Among Men in the United States. Am J Men’s Heal. 2017;11(4):1019-1027.

Swift, DL, Johannsen, NM, Lavie, CJ, Earnest, CP, & Church, TS. The role of exercise and physical activity in weight loss and maintenance. Progress in cardiovascular diseases, 2014;56(4), 441-447. doi:10.1016/j.pcad.2013.09.012.

Tucker JM, Welk GJ, Beyler NK. Physical Activity in U.S. Adults. Am J Prev Med. 2011;40(4):454. doi:10.1016/j.amepre.2010.12.016

Downloads

Publicado

2020-08-07

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Aragão FBA, Oliveira ES de, Souza SAR de, Carvalho WRG de, Bezerra S Állan S, Santos D de M, et al. Atividade física na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em homens. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 7º de agosto de 2020 [citado 16º de abril de 2024];53(2):163-9. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/164365