Comparação da aptidão física de mulheres adultas e idosas de acordo com o histórico de quedas e a prática regular de diferentes modalidades de exercícios físicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i3p283-291

Palavras-chave:

Atividade Física, Envelhecimento, Idosos, Quedas

Resumo

Objetivos: Comparar a aptidão física de mulheres de acordo com o histórico de quedas e a prática regular de diferentes modalidades de exercícios físicos (treinamento combinado: musculação e resistência aeróbia; treinamento funcional: multicomponente; e treinamento multimodal: duas ou mais modalidades). Métodos: Estudo transversal com 44 mulheres (idade entre 50 e 80 anos). Foram coletados dados sociodemográficos e sobre o histórico de quedas no último ano, além da avaliação antropométrica e testes motores (flexibilidade, força de membros superiores e inferiores, capacidade aeróbia e agilidade e equilíbrio dinâmico) para avaliar a aptidão física. Na análise estatística, foram realizados o Teste t para amostras independentes e a ANCOVA utilizando idade, índice de massa corporal e tempo de exercício físico como co-variáveis. Resultados: As participantes que tiveram ocorrência de quedas no último ano apresentaram piores resultados nos testes de flexibilidade (sentar e alcançar e mãos nas costas), força de membros superiores (flexão de cotovelo) e de membros inferiores (sentar e levantar), bem como capacidade aeróbia (teste de caminhada de seis minutos). Em relação às diferentes modalidades de exercícios físicos, não foi possível observar diferença estatística para nenhuma das variáveis estudadas. Entretanto, resultados satisfatórios de acordo com os valores normativos foram observados nos três grupos. Conclusões: O grupo com histórico de quedas apresentou piores resultados na aptidão física. Em relação às diferentes modalidades de treinamento, não houve diferença entre os grupos para nenhuma variável analisada. Entretanto, observa-se que estas modalidades são importantes para a manutenção de bons níveis de aptidão física no contexto do envelhecimento.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Maresova P, Javanmardi E, Barakovic S, Barakovic Husic J, Tomsone S, Krejcar O, et al. Consequences of chronic diseases and other limitations associated with old age - a scoping review. BMC public health. 2019;19(1):1431. doi: 10.1186/s12889-019-7762-5

Tomas MT, Galan-Mercant A, Carnero EA, Fernandes B. Functional Capacity and Levels of Physical Activity in Aging: A 3-Year Follow-up. Frontiers in medicine. 2017;4:1-8. doi: 10.3389/fmed.2017.00244

Zhuang J, Huang L, Wu Y, Zhang Y. The effectiveness of a combined exercise intervention on physical fitness factors related to falls in community-dwelling older adults. Clinical interventions in aging. 2014;9:131-40. doi: 10.2147/cia.S56682

James SL, Lucchesi LR, Bisignano C, Castle CD, Dingels ZV, Fox JT, et al. The global burden of falls: global, regional and national estimates of morbidity and mortality from the Global Burden of Disease Study 2017. Injury prevention : journal of the International Society for Child and Adolescent Injury Prevention. 2020. doi: 10.1136/injuryprev-2019-043286

Trevisan C, Rizzuto D, Maggi S, Sergi G, Wang HX, Fratiglioni L, et al. Impact of Social Network on the Risk and Consequences of Injurious Falls in Older Adults. Journal of the American Geriatrics Society. 2019;67(9):1851-58. doi: 10.1111/jgs.16018

Moncada LVV, Mire LG. Preventing Falls in Older Persons. American family physician [Internet]. 2017 Aug 15; 96(4):[240-7 pp.]. Disponível em: https://www.aafp.org/afp/2017/0815/p240.html

Chase JD, Phillips LJ, Brown M. Physical Activity Intervention Effects on Physical Function Among Community-Dwelling Older Adults: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Aging Phys Act. 2017;25(1):149-70. doi: 10.1123/japa.2016-0040

Caspersen CJ, Powell KE, Christenson GM. Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public health reports (Washington, DC : 1974) [Internet]. 1985; 100(2):[126-31 pp.]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1424733/pdf/pubhealthrep00100-0016.pdf

Chodzko-Zajko WJ, Proctor DN, Fiatarone Singh MA, Minson CT, Nigg CR, Salem GJ, et al. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and physical activity for older adults. Medicine and science in sports and exercise. 2009;41(7):1510-30. doi: 10.1249/MSS.0b013e3181a0c95c

Nelson ME, Rejeski WJ, Blair SN, Duncan PW, Judge JO, King AC, et al. Physical activity and public health in older adults: recommendation from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Medicine and science in sports and exercise. 2007;39(8):1435-45. doi: 10.1249/mss.0b013e3180616aa2

Precoma DB, Oliveira GMM, Simao AF, Dutra OP, Coelho OR, Izar MCO, et al. Updated Cardiovascular Prevention Guideline of the Brazilian Society of Cardiology - 2019. Arquivos brasileiros de cardiologia. 2019;113(4):787-891. doi: 10.5935/abc.20190204

Nascimento R, Kanitz A, Kruel F. Efeitos de diferentes estratégias de treinamento combinado na força muscular e na potência aeróbia de idosos: uma revisão sistemática. Rev bras ativ fís saúde. 2015;20(4):329-39. doi: 10.12820/rbafs.v.20n4p329

Neves LM, Diniz TA, Rossi FE, Fortaleza ACS, Horimoto ET, Geraldo VO, et al. The effect of different training modalities on physical fitness in women over 50 years of age. Motriz: J Phys Ed. 2016;22(4):319-26. doi: 10.1590/s1980-6574201600040016

Rikli R, Jones C. Development and validation of criterion-referenced clinically relevant fitness standards for maintaining physical independence in later years. The Gerontologist. 2013;53(2):255-67. doi: 10.1093/geront/gns071

Trapé AA, Lizzi EAS, Jacomini AM, Hott SC, Bueno Júnior CR, Zago AS. Aptidão física e nível habitual de atividade física associados à saúde cardiovascular em adultos e idosos. Medicina (Ribeiräo Preto). 2015;48(5):457-66. doi: 10.11606/issn.2176-7262.v48i5p457-466

Matsudo SM, Matsudo VKR, Araújo TL. Perfil do nível de atividade física e capacidade funcional de mulheres maiores de 50 anos de idade de acordo com a idade cronológica. Rev bras ativ fís saúde. 2001;6(1):12-24. doi: 10.12820/rbafs.v.6n1p12-24

ABEP. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica Brasil. 2018.

Kamakura W, Mazzon JA. Critérios de estratificação e comparação de classificadores socioeconômicos no Brasil. Rev adm empres. 2016;56. doi: 10.1590/S0034-759020160106

Siqueira FV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thume E, Silveira DS, et al. Prevalence of falls and associated factors in the elderly. Revista de saude publica. 2007;41(5):749-56. doi: 10.1590/s0034-89102007000500009

Stewart A, Marfell-Jones M, Olds T, Ridder H. International standards for anthropometric assessment. Lower Hutt: ISAK; 2001.

Osness WH, Adrian M, Clark B, Hoeger W, Raab D, Wiswell R. Functional fitness assessment for adults over 60 years (A field based assessment): Published test protocols. . Reston: American Alliance of Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD); 1990.

Rikli R, Jones C. Development and Validation of a Functional Fitness Test for Community-Residing Older Adults. JAPA. 1999;7(2):129-61. doi: 10.1123/japa.7.2.129

Rikli R, Jones C. Teste de aptidão física para idosos. Barueri: Manole; 2008.

Montgomery DC. Design and analysis of experiments. New Jersey: John Wiley & Sons; 2017.

Fisher JP, Steele J, Gentil P, Giessing J, Westcott WL. A minimal dose approach to resistance training for the older adult; the prophylactic for aging. Experimental gerontology. 2017;99:80-6. doi: 10.1016/j.exger.2017.09.012

Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (VIGITEL) 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2019.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: norma técnica do sistema de vigilância alimentar e nutricional – SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (VIGITEL) 2016. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

Resende Neto AG, Feitosa Neta ML, Santos MS, Teixeira CVS, Sá CA, Silva-Grigoletto ME. Treinamento funcional versus treinamento de força tradicional: efeitos sobre indicadores da aptidão física em idosas pré-frageis. Motricidade [Internet]. 2016; 12(S2):[44-53 pp.]. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/motricidade/article/view/9790/9155

Trapé AA, Sacardo AL, Cássia AF, Monteiro HL, Zago AS. Relação entre a prática da caminhada não supervisionada e fatores de risco para as doenças cardiovascular em adultos e idosos. Medicina (Ribeirão Preto). 2014;47(2):165-76. doi: 10.11606/issn.2176-7262.v47i2p165-176

Downloads

Publicado

2020-10-14

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Reis MR de O, Brazo-Sayavera J, Lima JAR, Nogueira JE, Zago AS, Trapé Átila A. Comparação da aptidão física de mulheres adultas e idosas de acordo com o histórico de quedas e a prática regular de diferentes modalidades de exercícios físicos. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 14º de outubro de 2020 [citado 19º de abril de 2024];53(3):283-91. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/166908