Evolução da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis nas populações das capitais do Brasil entre 2006 e 2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2021.171413

Palavras-chave:

Obesidade, Doenças não transmissíveis, Diabetes, Doenças cardiovasculares, Saúde pública

Resumo

Modelo do estudo: Estudo descritivo transversal. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a evolução da prevalência de sobrepeso, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), e sua relação com idade e anos de estudo, nas capitais brasileiras. Método: Foram analisados dados oriundos da Pesquisa VIGITEL prioritariamente de 2006 e 2018 referentes à 12 variáveis, através de procedimentos estatísticos descritivos, análises de frequência e diagramas de dispersão com inserção das curvas de tendência e coeficientes de determinação. Resultados: Os resultados evidenciam um aumento expressivo do IMC médio e das prevalências DCNT nas populações das capitais do Brasil, embora a autopercepção do estado geral de saúde apresente alteração inexpressiva. O IMC médio da população é maior na faixa etária entre 45 e 65 anos, e as prevalências de diabetes, pressão alta e dislipidemia apresentam um crescimento acentuado partir dos 40 anos, atingindo o ápice na faixa etária entre 70 e 80 anos. Quanto mais anos de estudos possui a população, menor são as prevalências de obesidade e DCNT. Conclusão: Iniciativas, tanto públicas como privadas, de redução dos fatores de risco que potencializam o aumento da obesidade e de DCNT são necessárias. Ademais, o aumento do nível educacional de uma população tem potencial de promover melhoria significativa no quadro de saúde pública, reduzindo os gastos em saúde e melhorando a qualidade de vida populacional.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Abbade EB, Dewes H. Behavioral and societal drivers of an obesogenic environment worldwide. Nutr Food Sci 2015; 45: 229–241.

Dias PC, Henriques P, Anjos LA dos, et al. Obesidade e políticas públicas: concepções e estratégias adotadas pelo governo brasileiro. Cad Saúde Pública 2017; 33: e00006016.

Giskes K, van Lenthe F, Avendano-Pabon M, et al. A systematic review of environmental factors and obesogenic dietary intakes among adults: Are we getting closer to understanding obesogenic environments? Obes Rev 2011; 12: e95–e106.

Rech DC, Borfe L, Emmanouilidis A, et al. As políticas públicas e o enfrentamento da obesidade no Brasil: uma revisão reflexiva. Rev Epidemiol E Controle Infecção 2016; 1: 192–202.

OMS [Organização Mundial da Saúde]. Global Health Observatory (GHO), http://www.who.int/gho/database/en/ (2018, accessed 5 August 2018).

MS [Ministério da Saúde]. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, Vigitel 2017. Ministério da Saúde Brasília, http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2017_vigilancia_fatores_riscos.pdf (2017).

McTigue K, Larson JC, Valoski A, et al. Mortality and cardiac and vascular outcomes in extremely obese women. J Am Med Assoc 2006; 296: 79–86.

Misra A, Khurana L. Obesity and the metabolic syndrome in developing countries. J Clin Endocrinol Metab 2008; 93: s9–s30.

Moghaddam AA, Woodward M, Huxley R. Obesity and risk of colorectal cancer: A meta-analysis of 31 studies with 70,000 events. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2007; 16: 2533–2547.

Abbade EB. The relationships between obesity-increasing risk factors for public health, environmental impacts, and health expenditures worldwide. Manag Environ Qual Int J 2018; 29: 131–147.

Buchmueller TC, Johar M. Obesity and health expenditures: Evidence from Australia. Econ Hum Biol 2015; 17: 42–58.

Specchia ML, Veneziano MA, Cadeddu C, et al. Economic impact of adult obesity on health systems: A systematic review. Eur J Public Health 2015; 25: 255–262.

Spieker EA, Pyzocha N. Economic Impact of Obesity. Prim Care - Clin Off Pract 2016; 43: 83–95.

Abbade EB. Análise das internações hospitalares para procedimentos de cirurgias bariátricas financiadas pelo SUS em âmbito nacional. Med Ribeirao Preto Online 2019; 52: 201–211.

WHO. The top 10 causes of death, https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death (2018, accessed 10 August 2020).

WHO. Noncommunicable diseases country profiles 2018, https://apps.who.int/iris/handle/10665/274512 (2018, accessed 4 September 2020).

MS [Ministério da Saúde]. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: VIGITEL 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

World Health Organization. Physical status: The use of and interpretation of anthropometry, Report of a WHO Expert Committee. Geneva: World Health Organization, https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/37003/WHO_TRS_854.pdf (1995, accessed 5 May 2020).

Canella DS, Levy RB, Martins APB, et al. Ultra-Processed Food Products and Obesity in Brazilian Households (2008–2009). PLOS ONE 2014; 9: e92752.

Cunha DB, Costa THM da, Veiga GV da, et al. Ultra-processed food consumption and adiposity trajectories in a Brazilian cohort of adolescents: ELANA study. Nutr Diabetes 2018; 8: 1–9.

Castronuovo L, Allemandi L, Tiscornia V, et al. Analysis of a voluntary initiative to reduce sodium in processed and ultra-processed food products in Argentina: the views of public and private sector representatives. Cad Saude Publica 2017; 33: e00014316.

Kanter R, Reyes M, Swinburn B, et al. The food supply prior to the implementation of the Chilean Law of Food Labeling and Advertising. Nutrients 2019; 11: 52.

Nilson EA, Spaniol AM, Gonçalves VS, et al. Sodium reduction in processed foods in Brazil: analysis of food categories and voluntary targets from 2011 to 2017. Nutrients 2017; 9: 742.

Dee A, Kearns K, O’Neill C, et al. The direct and indirect costs of both overweight and obesity: a systematic review. BMC Res Notes 2014; 7: 242.

Malta DC, Andrade SC, Claro RM, et al. Trends in prevalence of overweight and obesity in adults in 26 Brazilian state capitals and the Federal District from 2006 to 2012. Rev Bras Epidemiol 2014; 17: 267–276.

Nilson EAF, Andrade R da CS, Brito DA de, et al. Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Rev Panam Salud Pública 2020; 44: e32.

Rudman D, Feller AG, Nagraj HS, et al. Effects of human growth hormone in men over 60 years old. N Engl J Med 1990; 323: 1–6.

WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. World Health Organization, 2000.

WHO. Diet, nutrition, and the prevention of chronic diseases: report of a joint WHO/FAO expert consultation. World Health Organization, 2003.

Vergnaud A-C, Bertrais S, Oppert J-M, et al. Weight fluctuations and risk for metabolic syndrome in an adult cohort. Int J Obes 2008; 32: 315–321.

Coelho MSPH, Assis MAA de, Moura EC. Body mass index increase after the age of 20 and associations with risk or protection factors for chronic non-communicable diseases. Arq Bras Endocrinol Amp Metabol 2009; 53: 1146–1156.

Van Lenthe FJ, Droomers M, Schrijvers CTM, et al. Socio-demographic variables and 6 year change in body mass index: longitudinal results from the GLOBE study. Int J Obes 2000; 24: 1077–1084.

Pavão ALB, Werneck GL, Campos MR. Autoavaliação do estado de saúde e a associação com fatores sociodemográficos, hábitos de vida e morbidade na população: um inquérito nacional. Cad Saúde Pública 2013; 29: 723–734.

Nardocci M, Leclerc B-S, Louzada M-L, et al. Consumption of ultra-processed foods and obesity in Canada. Can J Public Health 2019; 110: 4–14.

Lwin MO, Shin W, Yee AZH, et al. A Parental Health Education Model of Children’s Food Consumption: Influence on Children’s Attitudes, Intention, and Consumption of Healthy and Unhealthy Foods. J Health Commun 2017; 22: 403–412.

Publicado

2021-07-02 — Atualizado em 2021-08-02

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Abbade EB. Evolução da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis nas populações das capitais do Brasil entre 2006 e 2018. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 2º de agosto de 2021 [citado 25º de abril de 2024];54(1):e171413. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/171413

Dados de financiamento