Acrônimo baseado no monte “Everest” para o desenvolvimento do raciocínio clínico e hipóteses diagnósticas durante a graduação médica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.202925Palavras-chave:
Ensino, Diagnóstico, Medicina, Medicina clínicaResumo
Introdução: Acrônimos podem ser um recurso educacional interessante para orientar acadêmicos de medicina e médicos não especialistas a construírem hipóteses diagnósticas de forma sistemática. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo desenvolver um acrônimo para o desenvolvimento do diagnóstico clínico, do tipo “step by step”, a fim de auxiliar na construção da hipótese diagnóstica entre acadêmicos de medicina. Método: Utilizaram-se estruturas clássicas relacionadas às etapas do raciocínio clínico e às inspirações investigativas de Sherlock Holmes a partir das “clues” para elaborar um acrônimo com teor educativo-indicativo. O acrônimo foi elaborado com alusão a um fenômeno da natureza, que, assim como o diagnóstico médico, inspira desafio, técnica e habilidade para ser “conquistado”. O presente acrônimo foi validado internamente por três profissionais médicos. Resultado: O EVERESTE foi elaborado para ser explorado em meio acadêmico, a fim de memorizar a essência da prática médica. Assim, fazendo alusão à ascensão de uma montanha, sendo o E o ato de entrevistar o paciente, VE a prática semiológica propriamente dita, RE a reorganização de informações coletadas até o momento, S é sentir e expor hipóteses diagnósticas, sendo necessária a elaboração por ferramentas da anamnese, semiologia e epidemiologia clínica, a etapa T é a parte de testes a fim de confirmar/ excluir suspeitas clínicas, e por fim, o E seria a etapa de escolha da terapia que melhor se encaixa para o paciente, pensando sempre em selecionar a terapêutica que apresente melhor evidência. Conclusão: Condições clínicas raras e doenças comuns compartilham sintomatologias, revelando muita dificuldade em cenários onde existe escassez de dados, sejam clínicos ou laboratoriais, para elaborar um diagnóstico efetivo, correlacionando os elementos clínicos e chegando ao topo do “EVERESTE”.
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