A iminência de morte em questão: a perspectiva e o manejo clínico de psicólogos da saúde pública

Autores

  • Paula M. Pfeifer
  • Cláudia M. S. Palma Departamento de Psicologia. Centro de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v42i4p451-460

Palavras-chave:

Psicologia Clínica. Saúde Pública. Morte. Psicologia em Saúde.

Resumo

Modelo do estudo: trata-se de uma pesquisa qualitativa. Objetivo: qualificar a prática do psicólogo, isto é, como se posiciona e atua frente às questões referentes à morte no contexto institucional. Metodologia: Inicialmente, foi realizado levantamento sobre o número de psicólogos que atuam na rede pública de Santa Maria, constituindo-se uma amostra de doze profissionais. Posteriormente, realizamos entrevistas semi-estruturadas e individuais, com duração de uma hora. As entrevistas gravadas foram transcritas, e em seguida, lidas individualmente, destacando-se as falas que apontavam para o modo de trabalho do psicólogo elaborando-se, a partir da recorrência, categorias de análise, buscando-se articular uma perspectiva grupal. O enfoque teórico utilizado para a análise de dados foi o psicanalítico. Resultados: Os resultados apontaram contradições entre a atuação e o posicionamento referido pelo psicólogo na iminência da morte de um pac iente, sobrepondo-se um fazer invadido pela pessoalidade do profissional. Além disso, constatamos o perigo de adotar-se uma prática que pode ser feita por qualquer um, no caso de situações onde não há um manejo específico da morte, destacando-se o predomínio da pessoalidade. Conclusão: apesar da formação em psicologia não conter uma especificidade no que diz respeito à morte, o que impõe ao profissional dificuldades operativas nas situações de morte iminente, essas dificuldades podem ser minimizadas desde que o psicólogo tenha bem definido - para si e para a instituição na qual atua - qual é a sua função, assim, não perdendo a dimensão profissional. Além disso, reforça-se a importância do psicólogo realizar sua terapia pessoal, perante um fazer marcadamente convocador da pessoalidade.

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Biografia do Autor

  • Paula M. Pfeifer

    Psicóloga. Graduada pela Universidade Federal de Santa Maria no ano de 2008.

  • Cláudia M. S. Palma, Departamento de Psicologia. Centro de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Federal de Santa Maria

    Docente. Departamento de Psicologia. Centro de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Publicado

2009-12-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Pfeifer PM, Palma CMS. A iminência de morte em questão: a perspectiva e o manejo clínico de psicólogos da saúde pública. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de dezembro de 2009 [citado 24º de abril de 2024];42(4):451-60. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/241