ATIVIDADE OCUPACIONAL E CATARATA SENIL – OPINIÃO DE PACIENTES DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores

  • Roberta F. Marback Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo – FM/USP
  • Edméa R. Temporini Departamento de Oftalmologia. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo –FM/USP
  • Otacílio O. Maia Junior Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - FM/USP.
  • Tânia Schaefer Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
  • Newton Kara-José Junior Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - FMUSP
  • Newton Kara-José Departamento de Oftalmologia. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo –FM/USP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v38i3/4p301-309

Palavras-chave:

Oftalmologia. Saúde Ocupacional. Catarata.

Resumo

 

Objetivo: Identificar a situação ocupacional e percepções de portadores de catarata senil sobre a relação entre a atividade ocupacional exercida e o surgimento da doença. Métodos: Desenvolveu-se estudo observacional transversal descritivo, por meio de questionário estruturado, aplicado por entrevista, elaborado a partir de estudo exploratório. A amostra, prontamente acessível, foi formada por pacientes atendidos pelo setor de catarata da clínica oftalmológica de um hospital universitário. Resultados: A amostra foi constituída por 110 sujeitos de ambos os sexos (34,5% homens; 65,5% mulheres), com idade entre 43 e 89 anos, ± 10,3 anos. A maior proporção dos entrevistados não exercia atividade remunerada (87,3%). Dentre as opiniões acerca das causas da catarata, destacaram-se a velhice (69,1%), o uso excessivo dos olhos (57,3%) e a exposição ao calor nos olhos (40,9%). Quanto à opinião sobre relação entre atividades profissionais exercidas e catarata, 56,4% não acreditavam que o trabalho tivesse influído, enquanto 43,6% atribuíram às atividades ocupacionais a essa afecção ocular. Foram atribuídos às atividades profissionais: o cansaço visual (37,5%), contato com calor excessivo (12,5%) e uso de produto químico (10,3%). Conclusões: Evidenciou-se predominância acentuada de idosos de baixa escolaridade, não mais exercendo atividade ocupacional e inativos no mercado de trabalho. Entre os que exerciam, prevaleceram as ocupações manuais especializadas, o que sugere reduzido nível socioeconômico e baixo poder aquisitivo. Atribuíram como causas do comprometimento visual situações decorrentes de atividades ocupacionais, como o uso excessivo dos olhos e a exposição ao calor, evidenciando-se conhecimentos errôneos.

 

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Biografia do Autor

  • Roberta F. Marback, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo – FM/USP

     

    Psicóloga. Pós-graduanda (Nível Doutorado) Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo – FM/USP. 

     

  • Edméa R. Temporini, Departamento de Oftalmologia. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo –FM/USP

     

    Docente. Departamento de Oftalmologia. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo –FM/USP. Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

     

  • Otacílio O. Maia Junior, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - FM/USP.

     

    Médico Oftalmologista. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - FM/USP. Pós-graduando (Nível Doutorado) Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo – FM/USP. 

     

     

  • Tânia Schaefer, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná

     

    Médica Oftalmologista. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná -  UFPr , Pós-graduanda (Nível Doutorado) . Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo – FM/USP.

     

  • Newton Kara-José Junior, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - FMUSP

    Médico Assistente Doutor e Chefe do Setor de Catarata. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - FMUSP.

  • Newton Kara-José, Departamento de Oftalmologia. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo –FM/USP

    Docente. Departamento de Oftalmologia. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo –FM/USP. Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

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Publicado

2005-12-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Marback RF, Temporini ER, Maia Junior OO, Schaefer T, Kara-José Junior N, Kara-José N. ATIVIDADE OCUPACIONAL E CATARATA SENIL – OPINIÃO DE PACIENTES DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de dezembro de 2005 [citado 25º de abril de 2024];38(3/4):301-9. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/465