Influência da prática habitual de atividade física e da gordura de tronco sobre a glicemia de jejum em mulheres na menopausa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v46i3p273-280Palavras-chave:
Atividade Motora, Hiperglicemia, Pós-menopausa, Acelerômetro.Resumo
Modelo de estudo: Estudo Original
Objetivo: Examinar a relação entre a prática habitual da atividade física (AF) com a gordura corporal total, gordura do tronco e glicemia de jejum em mulheres na menopausa. Métodos: Foram avaliadas 60 mulheres na menopausa com média de idade de 61,0 anos, da cidade de Presidente Prudente - SP. A massa corporal (MC) e a estatura foram mensuradas para o cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC). A gordura corporal total (GC) e a gordura de tronco (TrG) foram estimadas por meio do DEXA. A glicemia sanguinea foi dosada e classificada de acordo com os valores de referência da American Diabetes Association (1997). A prática habitual de AF foi estimada utilizando acelerômetro triaxial (Actigraph) e classificada de acordo com Sasaki (2010). Foi realizada a comparação entre mulheres com valores de glicemia normal e glicemia alterada por meio do teste Kruskal-Wallis. Foi utlizado o coeficiente de correlação de Spearman e em seguida a regressão logística binária para verificar a associação entre nível de AF e compoisção corporal com glicemia de jejum.
Resultados: Mulheres que apresentavam hiperglicemia obtiveram maiores valores de MC (p=0,040), IMC (p=0,002) e GC (p=0,046), além de valores menores de AF (p=0,019), moderada (p=0,041) e de moderada+vigorosa (p=0,041). A variável AF moderada e moderada+vigorosa, apresentaram, respectivamente, correlação negativa significante percentual de GC (p=0,003) e com TrG(p=0,021 e p=0,021), quando analisado os valores absolutos de GC foi observado correlação negativa com a soma moderda+vigorosa (p=0,049). As mulheres que obtiveram menore valores de TrG e que foram classificadas como suficientemente ativas apresentaram fator de proteção (RC=0,133 [IC=0,023-0,784]) para glicemia de jejum alterada.
Conclusão: A prática de AF de intensidade moderada-vigorosa, realizada pelo menos 150 minutos semanais, associado à baixa gordura de tronco, é um fator protetor para a hiperglicemia em mulheres na menopausa.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença