Associação de alelos do complexo principal de histocompatibilidade de classe II com a doença de graves, em pacientes brasileiros

Autores

  • Léa M.Z. Maciel Divisão de Endocrinologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP
  • Sandra S. Rodrigues
  • Ralph S. Dibbern Divisão de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP
  • Paula A.A. Navarro Divisão de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP
  • Eduardo A. Donadi Divisão de Imunologia Clínica. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo-FMRP/USP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v33i1p42-46

Palavras-chave:

Doença de Graves. Complexo Principal de Histocompatibilidade. Associação. Alelos.

Resumo

A Doença de Graves (DG) é a causa mais freqüente de hipertireoidismo. Sua origem é multifatorial, complexa, na qual a susceptibilidade genética interage com o meio ambiente e fatores endógenos para causar a doença. Os alelos do Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH) de classe II têm sido associados com a DG, em populações de diferentes etnias e muitas evidências apontam para a associação do antígeno HLA-DR3 em caucasianos. O envolvimento dos alelos do CPH na nossa população, altamente miscigenada, foi estudado em pacientes com a DG e em indivíduos-controle da mesma área geográfica, utilizando-se DNA genômico amplificado e hibridado com iniciadores de seqüência específica (SSP). O alelo HLADRB1* 0301 esteve presente com maior freqüência (44,7%) em pacientes com DG, relativamente à população-controle (22,3%, pc=0,0068), conferindo Risco Relativo (RR) de 2,8 e uma Fração Etiológica de 28,7, enquanto o alelo HLA-DQB1*0602 esteve, significantemente, diminuído nesses pacientes (8%) em relação aos pacientes-controle (31,9%, pc=0,00062), conferindo RR de 1,8 e uma Fração Preventiva de 26,7. Apesar de a população brasileira ser altamente miscigenada, a confirmação do alelo HLA-DRB1*0301, conferindo susceptibilidade à doença, aponta esse alelo com um marcador importante na predisposição à doença. Em contraste, a proteção conferida pelo alelo HLA-DQB1*0602 parece ser peculiar aos pacientes brasileiros.

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Biografia do Autor

  • Léa M.Z. Maciel, Divisão de Endocrinologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

     

    Docente da Divisão de Endocrinologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

  • Sandra S. Rodrigues

    Técnica do Laboratório de Biologia Molecular

  • Ralph S. Dibbern, Divisão de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

    Monitor da Divisão de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

  • Paula A.A. Navarro, Divisão de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

    Monitora da Divisão de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

  • Eduardo A. Donadi, Divisão de Imunologia Clínica. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo-FMRP/USP

     

    Docente da Divisão de Imunologia Clínica. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo-FMRP/USP

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Publicado

2000-03-30

Edição

Seção

Simpósio: Associação do Sistema HLA com Doenças no Brasil

Como Citar

1.
Maciel LM, Rodrigues SS, Dibbern RS, Navarro PA, Donadi EA. Associação de alelos do complexo principal de histocompatibilidade de classe II com a doença de graves, em pacientes brasileiros. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de março de 2000 [citado 19º de abril de 2024];33(1):42-6. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/7259