Adiponectinemia e indicadores fisiológicos em adolescentes obesos asmáticos e não-asmáticos

Autores

  • Fabrício Cieslak Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Nelson Augusto Rosário Filho Universidade Federal do Paraná
  • Ana Claudia Kapp Titski Universidade Federal do Paraná
  • Luciana da Silva Timossi Universidade Federal do Paraná
  • Rodrigo Dias Universidade Metodista de Piracicaba
  • Antonio Ramos Calixto Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
  • Bruno Geloneze Universidade Estadual de Campinas
  • Neiva Leite Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v46i4p404-415

Palavras-chave:

Adiponectina, Asma, Obesidade.

Resumo

Introdução: Considerada um problema de saúde pública, a obesidade tem sido referida como fator de risco para o desenvolvimento da asma. Assim, o excesso de peso apresenta influencia sobre a função da musculatura lisa e induz a inflamação sistêmica das vias aéreas por intermédio das adipocitocinas. Embora a adiponectina seja considerada uma citocina de caráter anti-inflamatório, uma vez que, suas concentrações decrescem na obesidade. A literatura tem demonstrado mínimas evidências do comportamento dessa adipocitocina perante os fatores envolvidos na relação de obesidade e asma. Desse modo, o presente estudo visou analisar o comportamento das respostas de adiponectinemia e parâmetros fisiológicos em adolescentes obesos asmáticos e não-asmáticos. Métodos: Participaram 15 adolescentes obesos (seis asmáticos e nove não-asmáticos), submetidos a avaliação antropométrica, cardiorrespiratória, espirométrica e laboratorial. O diagnóstico de asma foi através de histórico clínico e questionário ISAAC, e a obesidade pelo IMC acima do percentil 95th. Utilizou-se o teste de broncoprovocação com exercício físico para avaliação do broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Resultados: Verificou-se diferença do % Queda VEF1 (p=0,034) entre os obesos asmáticos e não-asmáticos. Para o obesos asmáticos, o coeficiente de determinação (R2) demonstrou efeito da adiponectina com a PAS(r=-0,512;R2=0,105); HDL (r=+0,659;R2=0,292), glicemia (r=-0,599;R2=0,199), glicemia120 (r=->0,686;R2=0,338), insulina120 (r=-0,614;R2=0,221), VO2máx Absoluto (r=+0,518;R2=0,086), VO2máx Relativo MLG (r=+0,585;R2=0,178) e %VEF1 (r=+0,580;R2=0,171). Nos obesos não-asmáticos houve efeitos da adiponectina com a insulina (r=-0,731;R2=0,525), HOMA-IR (r=-0,684;R2=0,469), QUICKI(r=+0,683;R2=0,535) e VO2máx Relativo MLG (r=+0,654;R2=0,346). Conclusão: Verificaram-se prováveis efeitos das respostas de adiponectinemia com os parâmetros fisiológicos associados ao excesso de peso e o baixo nível de aptidão cardiorrespiratória em obesos asmáticos e não-asmáticos. Além disso, para os obesos asmáticos a adiponectinemia demonstrou um possível efeito de relação com o %VEF1.

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Biografia do Autor

  • Fabrício Cieslak, Universidade Federal do Vale do São Francisco

    Doutor do Colegiado de Educação Física, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil

  • Nelson Augusto Rosário Filho, Universidade Federal do Paraná

    Doutor da Unidade de Pneumologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Curitiba, Universidade Federal do Paraná

  • Ana Claudia Kapp Titski, Universidade Federal do Paraná

    Mestranda do Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Paraná

  • Luciana da Silva Timossi, Universidade Federal do Paraná

    Doutora em Educação Física, Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Paraná.

  • Rodrigo Dias, Universidade Metodista de Piracicaba

    Doutorando do Departamento de Educação Física, Universidade Metodista de Piracicaba

  • Antonio Ramos Calixto, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

    Doutorando em Clínica Médica, Depto de Medicina Interna, Escola de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas

  • Bruno Geloneze, Universidade Estadual de Campinas

    Doutor em Clínica Médica, Departamento de Medicina Interna, Escola de Ciências Médicas,Universidade Estadual de Campinas

  • Neiva Leite, Universidade Federal do Paraná

    Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente, Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Paraná

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Publicado

2013-12-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Adiponectinemia e indicadores fisiológicos em adolescentes obesos asmáticos e não-asmáticos. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de dezembro de 2013 [citado 28º de março de 2024];46(4):404-15. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/73519