Hemoculturas em medicina interna: perfil de utilização e implicações clínicas

Autores

  • Gustavo Nobre de Jesus Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
  • João Trindade Nave Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
  • Luís Santos Pinheiro Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
  • João Meneses Santos Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
  • Margarida Lucas Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
  • Rui M. M. Victorino Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50i4p255-260

Palavras-chave:

Hemocultura. Sepse. Medicina Interna. Microbiologia.

Resumo

Introdução: o uso excessivo de hemoculturas tem sido associado a aumento do tempo de internamento e de custos hospitalares. Adicionalmente, a literatura médica reporta taxas de positividade abaixo do esperado, levando à criação de índices de predição de positividade. Métodos: estudo prospectivo observacional conduzido numa enfermaria de Medicina Interna de um hospital terciário, com recolha de dados de todos os doentes a quem foram realizadas hemoculturas. Resultados: em 414 admissões, foram colhidas hemoculturas em 39.9%. Os doentes a quem foram colhidas hemoculturas tiveram maior tempo de internamento e mais exames laboratoriais e imagiológicos pedidos. 7,5% das hemoculturas foram positivas. Nos doentes com critérios de sepsis a taxa de positividade das hemoculturas foi 21,7% e não houve nenhuma hemocultura positiva em doente sem critérios de sépsis, nomeadamente em doentes com elevação isolada de proteína c-reactiva, leucocitose ou febre. O resultado da hemocultura não foi um determinante de de-escalação antibiótica. Conclusões: este estudo sugere que as hemoculturas devem ser colhidas essencialmente em doentes com sepsis, podendo esta prática diminuir o seu sobreuso.

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Biografia do Autor

  • Gustavo Nobre de Jesus, Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
    Clinica Universitária de Medicina 2, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal. Faculdade de Medicina, Lisboa, Portugal.
  • João Trindade Nave, Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
    Clinica Universitária de Medicina 2, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal. Faculdade de Medicina, Lisboa, Portugal.
  • Luís Santos Pinheiro, Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
    Clinica Universitária de Medicina 2, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal. Faculdade de Medicina, Lisboa, Portugal.
  • João Meneses Santos, Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
    Clinica Universitária de Medicina 2, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal. Faculdade de Medicina, Lisboa, Portugal.
  • Margarida Lucas, Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
    Clinica Universitária de Medicina 2, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal. Faculdade de Medicina, Lisboa, Portugal.
  • Rui M. M. Victorino, Hospital Santa Maria. Clinica Universitária de Medicina 2 Faculdade de Medicina
    Clinica Universitária de Medicina 2, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal. Faculdade de Medicina, Lisboa, Portugal.

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Publicado

2017-08-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Jesus GN de, Nave JT, Pinheiro LS, Santos JM, Lucas M, Victorino RMM. Hemoculturas em medicina interna: perfil de utilização e implicações clínicas. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 9º de agosto de 2017 [citado 19º de abril de 2024];50(4):255-60. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/140489