O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal

Autores

  • Suélen Merlo Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Janaína Brusco Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Fernando E. Padovan-Neto Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Carlos J.S. Rohner Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Érika T. Ikeda Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP).
  • Jana B. de Ross Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Lezio S. Bueno Júnior Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Rafael N. Ruggiero Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Helene A. Fachim Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
  • Jorge E. Moreira Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v44i2p157-171

Palavras-chave:

Transmissão Sináptica. Proteínas Sinápticas. Receptores, Neurotransmissores.

Resumo

No sistema nervoso, a sinapse é a estrutura que permite a um neurônio passar um sinal elétrico ouquímico a outro neurônio ou outra célula (muscular ou glandular). A palavra sinapse vem de "synaptein",palavra que Sir Charles Scott Sherrington e seus colegas acunharam do grego "syn" (junto) e "haptein"(afivelar). As sinapses podem ser separadas entre elétricas e químicas, porém a maior parte da transmissão sináptica é realizada através das sinapses químicas. Apesar das sinapses químicas teremuma resposta mais lenta que as elétricas, elas possuem a vantagem da amplificação do sinal geradaatravés de uma cascata de segundos mensageiros. As sinapses químicas podem ser excitatórias ouinibitórias e são caracterizadas por um terminal pré-sináptico (onde estão presentes as vesículas quecontêm os neurotransmissores) em contato com um terminal pós-sináptico (onde estão presentes osreceptores ionotrópicos e metabotrópicos para esses neurotransmissores) separados pela fenda sináptica. As sinapses típicas acontecem sobre axônios (axo-axônicas), sobre dendritos (axo-dendríticas), sobre o soma de outro neurônio (axo-somáticas) e sobre os espinhos dendríticos. Os espinhosdendríticos são pequenas profusões da membrana celular especializadas na compartimentalizaçãosináptica. Atualmente há muita informação sobre a biossíntese dos neurotransmissores clássicoscomo acetilcolina, glutamato, GABA, glicina, dopamina, noradrenalina e serotonina e os seus receptores específicos para o funcionamento do sistema nervoso central (SNC). Ao mesmo tempo o estudo denovas substâncias neurotransmissoras (por exemplo ATP, óxido nítrico, endocanabinóides e neuropeptídeos) tem avançado enormemente. Esta revisão é uma seleção resumida de informações fundamentais a partir da literatura mais recente dos principais aspectos funcionais e moleculares do ciclo davesícula sináptica, da composição da densidade pós-sináptica, dos espinhos dendríticos e do mecanismo de transdução de sinal.

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Biografia do Autor

  • Suélen Merlo, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
    Mestrando do Programa de Pós-Graduaçãoem Neurologia/Neurociências, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Janaína Brusco, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
    Doutorando do Programa de Pós-Graduaçãoem Neurologia/Neurociências, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Fernando E. Padovan-Neto, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
    Doutorando do Programa de Pós-Graduaçãoem Neurologia/Neurociências, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Carlos J.S. Rohner, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
    Mestrando do Programa de Pós-Graduaçãoem Neurologia/Neurociências, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Érika T. Ikeda, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP).
    Graduanda do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP).
  • Jana B. de Ross, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
    Mestrando do Programa de Pós-Graduaçãoem Neurologia/Neurociências, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Lezio S. Bueno Júnior, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
    Doutorando do Programa de Pós-Graduaçãoem Neurologia/Neurociências, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Rafael N. Ruggiero, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
    Mestrando do Programa de Pós-Graduaçãoem Neurologia/Neurociências, Departamento de Neurociênciase Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Helene A. Fachim, Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
    Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia,Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
  • Jorge E. Moreira, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
    Professor da disciplina RNP 5767, "Aspectos Moleculares daLiberação Sináptica", do Programa de Pós Graduação em Neurologia/Neurociências; Laboratório de Estrutura Sináptica, Departamento de Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

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Publicado

2011-06-30

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Como Citar

1.
Merlo S, Brusco J, Padovan-Neto FE, Rohner CJ, Ikeda Érika T, Ross JB de, et al. O ciclo da vesícula sináptica, espinhos dendríticos e a transdução de sinal. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de junho de 2011 [citado 18º de abril de 2024];44(2):157-71. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/47356