Fatores epidemiológicos, relacionados à progressão lenta da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)

Autores

  • Gabriel S. Vasconcelos
  • Alcyone A. Machado Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP
  • Dimas T. Covas Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP
  • Angélica E. Watanabe Hemocentro de Ribeirão Preto
  • Simone Kashima Hemocentro de Ribeirão Preto
  • Maristela D. Orellana Hemocentro de Ribeirão Preto
  • Ane R.L. Silva Hemocentro de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v33i2p123-128

Palavras-chave:

Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. Avanço da Doença. Epidemiologia

Resumo

Com o objetivo de identificação de fatores envolvidos na progressão lenta para aids, realizou-se estudo transversal para avaliação de dados epidemiológicos de indivíduos infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (HIV-1), atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Foram selecionados pacientes, conforme critérios definidos, constituindo duas populações: população 1, composta por lentos progressores (P1), que possuía anticorpos anti-HIV há mais de oito anos e com ocorrência de menos de duas doenças oportunistas no último ano, e a população 2 (P2), pacientes rápidos progressores, com diagnóstico de infecção pelo HIV e doença manifesta a menos de dois anos e com mais de duas doenças oportunistas, diagnosticadas no último ano. Todos os indivíduos foram submetidos a questionário, contendo dados demográficos, profissão, ocorrência de outras doenças sexualmente transmissíveis, forma de contágio, data de diagnóstico e hábitos. O período do estudo foi de março de 1998 a outubro de 1999. Obtivemos na P1: doze homens e quatro mulheres, idade média 30,7 anos, forma de contágio predominantemente sangüínea, tempo de progressão da doença 10,5 anos; P2: 12 homens e 4 mulheres; idade média 34,8 anos, forma de contágio predominantemente sexual, tempo de progressão da doença de 1,5 anos. Tabagismo foi o principal vício em ambas as populações. Quando interrogados sobre a causa do bom estado de saúde, os indivíduos da P1 responderam estar ela relacionada à fé e ao uso adequado das medicações. Os pacientes da P2 não foram interrogados sobre a causa de seu estado de saúde. Quanto à prática sexual, nove pacientes da P1 mantinham relações, sendo cinco sem uso regular do preservativo. Na P2, apenas um paciente utilizava preservativo. Dois pacientes da P1 e um da P2 revelaram ter apresentado DST, Sífilis e Papiloma Vírus Humano. Em vista do reduzido número de pacientes, não foi possível estabelecer associação entre as variáveis estudadas e os padrões de progressão da doença. Os dados sobre hábitos não parecem contribuir para o padrão de desenvolvimento da doença. O estudo oferece um perfil epidemiológico dessas populações de pacientes.

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Biografia do Autor

  • Gabriel S. Vasconcelos

    Acadêmico

  • Alcyone A. Machado, Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

     

    Docente. Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP 

     

  • Dimas T. Covas, Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

    Docente. Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - FMRP/USP

  • Angélica E. Watanabe, Hemocentro de Ribeirão Preto

     

    Bióloga. Hemocentro de Ribeirão Preto. 

     

     

  • Simone Kashima, Hemocentro de Ribeirão Preto

    Bióloga. Hemocentro de Ribeirão Preto.

     

     

  • Maristela D. Orellana, Hemocentro de Ribeirão Preto

    Bióloga. Hemocentro de Ribeirão Preto.

     

     

  • Ane R.L. Silva, Hemocentro de Ribeirão Preto

    Bióloga. Hemocentro de Ribeirão Preto.

     

     

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Publicado

2000-06-30

Edição

Seção

Simpósio: Iniciação Científica

Como Citar

1.
Vasconcelos GS, Machado AA, Covas DT, Watanabe AE, Kashima S, Orellana MD, et al. Fatores epidemiológicos, relacionados à progressão lenta da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de junho de 2000 [citado 18º de abril de 2024];33(2):123-8. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/7654