Aspectos genéticos da prática desportiva: um estudo em gêmeos

Autores

  • José Antônio Ribeiro Maia Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
  • Ruth Loos Universidade Católica de Lovaina. Centro de Genética Humana
  • Gaston Beunen Universidade Católica de Lovaina. Faculdade de Educação Física e Fisioterapia
  • Martine Thomis Universidade Católica de Lovaina. Faculdade de Educação Física e Fisioterapia
  • Robert Vlietinck Universidade Católica de Lovaina. Centro de Genética Humana
  • Francisco Pina de Morais Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
  • Vitor Pires Lopes Instituto Politécnico de Bragança. Escola Superior de Educação

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.1999.137865

Palavras-chave:

Genética quantitativa, Desporto, Gêmeos

Resumo

Este estudo é percorrido por dois propósitos fundamentais: a) apresentar, ainda que de modo breve, aspectos da metodologia de genética quantitativa aplicados ao estudo de fenótipos de interesse dos cientistas das Ciências do Desporto; e b) aplicar tais técnicas e procedimentos em gêmeos monozigóticos (MZ) e dizigóticos (DZ) para determinar a presença de efeitos genéticos nos seus índices de prática desportiva. A amostra é constituída por 104 pares de gêmeos, 40 MZ e 64 DZ, cuja média de idades é 17,30 ± 5,82 e 17,86 ± 8,12, respectivamente. O índice de prática desportiva foi obtido a partir do questionário de Baecke et alii (1982). Os procedimentos estatísticos compreendem tabelas de contingência, correlações tetracóricas, taxas de concordância “probandwise” bem como ajustamento de modelos univariados gemelares. Os programas estatísticos utilizados foram o SPSS 9.0 e o Mx. Os principais resultados e conclusões foram os seguintes: a) é evidente a presença de forte agregação familiar nos valores de prática desportiva; b) estes valores são mais fortes nos gêmeos MZ do que nos gêmeos DZ, e mais elevados nos meninos do que nas meninas; c) nos meninos o valor da dependência genética é de 82%, sendo muito reduzida a influência do envolvimento comum e único de cada par; d) nas meninas os resultados são diametralmente opostos, já que a influência genética é zero, e a do seu envolvimento comumente partilhado no seio da família é de 71%. Estas diferenças de efeitos genéticos e do envolvimento nos dois sexos sugerem interpretações de natureza biológica e sócio-cultural

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Publicado

1999-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Aspectos genéticos da prática desportiva: um estudo em gêmeos. (1999). Revista Paulista De Educação Física, 13(2), 160-176. https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.1999.137865