Predição do desempenho na corrida de 5.000 m por meio de testes no laboratório e no campo, para corredores de fundo

Autores

  • Fernando Augusto Monteiro Saboia Pompeu Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte
  • Átila Josef Flegner Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Educação Física e Desportos
  • Marcelo Neves dos Santos Clube de Regatas Vasco da Gama
  • Paulo Sérgio Chagas Gomes Universidade Gama Filho

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.1997.138557

Palavras-chave:

Limiar anaeróbio, Protocolo de campo, “Endurance”

Resumo

As curvas de lactato sangüíneo, durante o exercício, têm sido amplamente utilizadas na prescrição do estímulo de treinamento para corredores de longa distância. Uma vez que a transferência dos resultados do laboratório para a situação de campo tem demonstrado ser inadequada, o objetivo deste estudo foi propor um protocolo de campo para predição do desempenho na corrida de 5.000 m. Vinte e oito corredores de média e longa distância (idade = 28±6 anos; peso = 61,5±6,1 kg) foram submetidos ao: a) ESTEI - teste na esteira ergométrica sem inclinação, consistindo de quatro velocidades, com cada estágio de cinco minutos separados por um minuto de repouso (15, 17, 18 e 19 km.h'1 ou 17, 19, 20 e 21 km.li'1), com as velocidades escolhidas para os sujeitos baseando-se no tempo mais recente na maratona (abaixo ou acima de duas horas e 30 minutos); b) CAMPO - quatro repetições de 1.600 metros com velocidades progressivas (3,5% abaixo da velocidade na esteira), separados por um minuto de repouso, como o empregado em a); e c) CORR - teste de corrida de 5.000 m. Amostras de sangue arterializado do lóbulo da orelha foram coletadas durante os primeiros 30 segundos dos períodos de recuperação nas condições ESTEI e CAMPO, com a concentração de lactato sendo analisada pelo método eletro enzimático (YSI 1500 Sport; Yellovv Springs Inc., Ohio). As velocidades e freqüências cardíacas nas duas situações de testes foram comparadas nas concentrações fixas de lactato de 2, 4 e 8 mmol.l'1 (ESTEIR: V2niM = 17,1±1,2, V4mM = 19,1±1,4, V8mM = 20,9±1,8 km.h'1 e FC2mM = 164±7, FC4mM = 178±6. FC8mM = 193±8 bpm; CAMPO: V2mM = 16,6±1,0, V4mM = 18,1±1,0, V8mM = 19,5+1,2 km.h*1 e FC2mM = 165±6, FC4mM = 178±8, FC8111M = 190±9 bpm). Correlações significativas foram observadas entre as condições ESTEI e o CAMPO nas três concentrações fixas de lactato (p< 0,05). Sendo que não foi observada correlação significativa para a freqüência cardíaca a 8 mmol.l' Os coeficientes de correlação para teste/reteste na condição CAMPO, foram na faixa de 0,72 a 0,96 (todos sig. p< 0,05) para as FC e para as V, nas três concentrações fixas. O melhor preditor da velocidade de corrida nos 5.000 m foi a velocidade nos 4 m m ol.r1 na condição CAMPO (r= 0,90, p< 0,001; Y (m .m in1) = 13,4196 + 0,9997X, SEE = 9,62 m.min*1). Baseado nos presentes resultados foi concluído que referências originadas no protocolo de campo são mais relacionadas ao desempenho na corrida de 5.000 m, do que as originadas no laboratório

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Publicado

1997-07-20

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Predição do desempenho na corrida de 5.000 m por meio de testes no laboratório e no campo, para corredores de fundo. (1997). Revista Paulista De Educação Física, 11(1), 78-89. https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.1997.138557