Concentrações sangüíneas de lactato (CSL) durante uma carga constante a uma intensidade correspondente ao limiar aeróbio-anaeróbio em jovens atletas

Autores

  • Antônio Alexandre Ascensão Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
  • Paulo Santos Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
  • José Magalhães Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
  • José Oliveira Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
  • José Maia Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
  • José Soares Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.2001.139900

Palavras-chave:

Capacidade oxidativa, “steady-state” do lactato, Limiar aeróbio anaeróbio, Jovens atletas.

Resumo

Tem sido assumido que a carga correspondente a uma concentração sangüínea de lactato (CSL) de 4 mmol/1, determinada a partir do limiar aeróbio-anaeróbio, pode ser mantida em adultos durante o teste constante de 30 min (“steady-state” CSL). A escassez de estudos que confirmem se tal fenômeno ocorre em jovens atletas, poderá justificar a possibilidade de considerar CSL diferentes para avaliação e desenvolvimento da capacidade aeróbia nesta população. Os objetivos do presente estudo foram: a) investigar a existência de um “steady-state” das CSL durante uma carga constante de 30 min (realizada a uma intensidade correspondente a 4 mmo/1) em jovens atletas; e b) verificar a existência de possíveis diferenças intra-individuais nas CSL durante o teste. Treze jovens atletas (idade: 16,07 ± 1,38 anos; massa: 61,0 ± 6,69 kg; 171,0 ± 5,6 cm) realizaram um teste incrementai e um teste de carga constante. O teste incrementai foi utilizado para determinar a carga correspondente a uma CSL de 4 mmol/1 ( V 4). Três dias depois os sujeitos realizaram um teste de carga constante de 30 min a uma intensidade correspondente à V 4 previamente determinada. No decorrer de ambos os testes foram recolhidas amostras de sangue capilar do lóbulo da orelha e imediatamente analisadas num analisador sangüíneo enzimático (YSI 1500 L - Sport) para determinação das CSL. Durante o teste constante, as amostras sangüíneas foram recolhidas aos 5o., 10o., 15o., 20o., 25o. e 30o. min. Como procedimentos estatísticos foram utilizados, para além das medidas descritivas, (média e desvio padrão), a análise de variância de medidas repetidas. O valor médio da V4 foi 3,9 ± 0,28 m/s. Dois dos 13 sujeitos foram incapazes de terminar o teste de 30 min (CSL finais de 9,82 e 7,25 mmol/1, respectivamente). De acordo com o critério de Heck et alli (1985c) os restantes sujeitos completaram o teste com CSL médias de 4,15 ± 1,11 mmol/1. As CSL médias nos diferentes momentos (5o., 10o., 15o., 20o., 25o. e 30o. min) do teste constante foram, respectivamente: 4,21; 4,50; 4,67; 4,57; 4,87 e 4,25 mmo/1. Não foram observadas diferenças significativas nas observações repetidas (F(5, 6) = 1,035; p = 0,474), indicando a inexistência de diferenças intra-individuais nas CSL durante o teste de 30 min. Deste modo, concluímos que a carga correspondente a uma CSL de 4 mmol/1 pode ser suportada, por jovens atletas, em condições de “steady-state” Os resultados sugerem que o referencial láctico a adotar na avaliação e treino da capacidade aeróbia em jovens não parece diferir do utilizado em adultos.

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Publicado

2001-12-20

Edição

Seção

Não Definida

Como Citar

Concentrações sangüíneas de lactato (CSL) durante uma carga constante a uma intensidade correspondente ao limiar aeróbio-anaeróbio em jovens atletas. (2001). Revista Paulista De Educação Física, 15(2), 186-194. https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.2001.139900