Avaliação do cuidado ao bebê de risco: comparação de modelos de atenção primária à saúde

Autores

  • Alessandra Giannella Samelli Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Curso de Fonoaudiologia do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional https://orcid.org/0000-0002-7164-8942
  • Gislene Andrade Tomazelli Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Curso de Fonoaudiologia do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional https://orcid.org/0000-0003-3448-3023
  • Maria Helena Morgani de Almeida Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Curso de Terapia Ocupacional do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional https://orcid.org/0000-0001-7266-9262
  • Fátima Corrêa Oliver Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Curso de Terapia Ocupacional do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional https://orcid.org/0000-0002-7288-8921
  • Silmara Rondon-Melo Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Curso de Fonoaudiologia do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional https://orcid.org/0000-0002-0614-8458
  • Daniela Regina Molini-Avejonas Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Curso de Fonoaudiologia do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional https://orcid.org/0000-0002-9768-882X

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001063

Palavras-chave:

Recém-Nascido, Grupos de Risco, Atenção Primária à Saúde, Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Sistema Único de Saúde

Resumo

OBJETIVOS: Analisar a rede de cuidados ao bebê de risco na região Oeste do município de São Paulo, tendo a atenção primária à saúde como ordenadora, e comparar a presença e extensão dos atributos da atenção primária à saúde nos serviços prestados, de acordo com o modelo de gestão dos serviços (Estratégia Saúde da Família e unidade básica de saúde tradicional). MÉTODOS: Foi feito levantamento de todos os bebês de risco nascidos na região entre 2013 e 2014. Em seguida, fez-se busca ativa dessas crianças para posterior aplicação do questionário PCATool versão criança. Foram localizadas no território 233 crianças; 113 responsáveis por crianças concordaram em participar do estudo, e 81 compuseram a amostra final. RESULTADOS: Quanto aos resultados do PCATool para escores geral e essencial, as unidades com Estratégia Saúde da Família foram mais bem avaliadas pelos usuários quando comparadas com as unidades básicas de saúde tradicional, com diferença estatisticamente significante. Entretanto, estes escores apresentaram-se baixos para ambos os modelos de gestão. Quanto aos atributos, a Estratégia Saúde da Família apresentou desempenho melhor quando comparada à unidade básica de saúde tradicional para a maioria deles, com exceção de coordenação dos sistemas de informação. Dos dez atributos avaliados, sete atingiram valores ≥ 6,6 para a Estratégia Saúde da Família e dois, para unidade básica de saúde tradicional. CONCLUSÕES: Independentemente do modelo de gestão, verificaram-se baixos escores geral e essencial, indicando que os responsáveis pelos bebês de risco avaliaram como insatisfatórios alguns atributos, com destaque para acessibilidade, integralidade e orientação familiar. Esse desempenho pode trazer consequências negativas para a qualidade e integralidade do cuidado ao bebê de risco.

Publicado

2019-11-18

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Samelli, A. G., Tomazelli, G. A., Almeida, M. H. M. de, Oliver, F. C., Rondon-Melo, S., & Molini-Avejonas, D. R. (2019). Avaliação do cuidado ao bebê de risco: comparação de modelos de atenção primária à saúde. Revista De Saúde Pública, 53, 98. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001063