Causa versus predição: história de banhos em rios como fator de risco e preditor da infecção pelo Schistosoma mansoni

Autores/as

  • Mauricio L. Barreto Universidade Federal da Bahia; Departamento de Medicina Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101987000400003

Palabras clave:

Métodos epidemiológicos, Risco, Previsões, Efetividade, Esquistossomose mansônica^i1^sprevenção e contr

Resumen

Através da análise das relações existentes entre as medidas de risco e as medidas de eficiência de testes de diagnóstico ou triagem, são discutidos os problemas e limitações concernentes ao uso de fatores de risco na predição da distribuição de efeitos (infecção, doença, cura) em uma população. Para ilustrar o tema, foi utilizada a associação, em crianças, entre a questão "você já tomou banhos em rios?", muito utilizada em anamneses clínicas ensinadas em diversas escolas médicas do Brasil, e a infecção pelo Schistosoma mansoni. A história de banhos em rios, enquanto um importante fator de risco, mostrou-se mau preditor da ocorrência da infecção esquistossomótica. A análise demonstrou que este achado é, em grande parte, devido a baixa freqüência de história negativa de banhos em rios. Porém, a possibilidade da utilização de fatores de risco isoladamente ou agrupados, com o objetivo de predição de efeitos, é possível e desejável. Apesar de pouco explorado nos seus aspectos práticos ou conceituais, esta área de conhecimento representa um importante ponto de convergência entre a epidemiologia das causas e a epidemiologia das intervenções.

Publicado

1987-08-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Barreto, M. L. (1987). Causa versus predição: história de banhos em rios como fator de risco e preditor da infecção pelo Schistosoma mansoni . Revista De Saúde Pública, 21(4), 305-309. https://doi.org/10.1590/S0034-89101987000400003