Sobre a deontologia do intervencionismo estatal no setor saúde

Autores

  • Paulo Flávio Silveira Instituto Butantan

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101988000300009

Palavras-chave:

Ética, Sociologia médica, Política de saúde, Educação em saúde, Ciência

Resumo

Relata-se o processo que define a mercantilização, o corporativismo, as ações preventivas e educativas em saúde pública e as investigações científicas básicas e aplicadas na medicina de modo a caracterizar algumas causas e efeitos da aplicação da perspectiva de individualização que é decorrência dos princípios da doutrina utilitarista. Os problemas da assistência à saúde, os problemas educacionais e os fatores do desenvolvimento cultural, científico e econômico são discutidos através de uma análise inter-relacionada onde é detectada a tendência resistente à superação dessa perspectiva. Os princípios utilitaristas foram entendidos como produtores de efeitos contrários aos desejados pelo controle político, ou seja, a ineficiência do setor saúde, causada por este controle, passa a constituir, ela mesma, uma ameaça à ordem social que este arranjo político pretende manter. Assim, há exigências de concentração institucional das ações de saúde, de divisão técnica do trabalho e de desenvolvimento de tecnologias de processo que podem ser integradas à prática política atual a partir do entendimento apresentado.

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Publicado

1988-06-01

Edição

Seção

Atualizações

Como Citar

Silveira, P. F. (1988). Sobre a deontologia do intervencionismo estatal no setor saúde . Revista De Saúde Pública, 22(3), 221-232. https://doi.org/10.1590/S0034-89101988000300009