Estudos em busca de um inseto modelo experimental para xenodiagnóstico em hospedeiros com doença de Chagas: 3 - A interação entre a espécie vetora e a cepa do parasito na reação do vetor à infecção com Trypanosoma cruzi

Autores/as

  • Alina Perlowagora-Szumlewicz Oswaldo Cruz Institute Foundation; Department of Entomology; Laboratory of Vectors of Chagas' Disease
  • Carlos Alberto Muller Oswaldo Cruz Institute Foundation; Department of Entomology; Laboratory of Vectors of Chagas' Disease
  • Carlos José de Carvalho Moreira Oswaldo Cruz Institute Foundation; Department of Entomology; Laboratory of Vectors of Chagas' Disease

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101988000500004

Palabras clave:

Tripanossomose Sul-Americana^i2^sdiagnóst, Insetos vetores^i2^sparasitolo, Relações hospedeiro-parasita, Triatoma^i2^sparasitolo, Panstrongylus^i2^sparasitolo, Rhodnius^i2^sparasitolo, Trypanosoma cruzi

Resumen

É examinada e comparada a reação de nove espécies vetoras da doença de Chagas à infecção, por sete diferentes cepas do T.cruzi (Berenice, Y, FL, CL, São Felipe, Colombiana e Gávea). Com base na habilidade em estabelecer e manter a infecção, as espécies vetoras podem ser divididas em dois grupos distintos, que diferem em suas reações à infecção aguda por T.cruzi. Enquanto a proporção de insetos positivos foi baixa em domiciliados (Triatoma infestans e Triatoma dimidiata), foi alta nos considerados completamente selvagens (Rhodnius neglectus e Triatoma rubrovaria), ao serem iniciadas suas colonizações no laboratório, no início da década de 70, e nos essencialmente silvestres (Panstrongylus megistus, Triatoma sordida e Triatoma pseudomaculata). Admite-se que devido à exploração agropecuária e graças às campanhas de controle, os dois últimos grupos encontram mais freqüentemente condições que lhes permitem maior convivência com o homem e animais domésticos. As proporções de positivos nas cinco últimas espécies acima citadas, cada qual infectada com uma das sete cepas do T.cruzi, quando somadas (34 "Overalls") variam de 90% a 100%, com exceção de 65,6% encontrada em P.megistus infectado com a cepa Gávea. A posição intermediária está sendo ocupada por Triatoma brasiliensis e Rhodniusprolixus, o último alternando entre biótipo natural e artificial. Achado relevante foi a uniformidade de reações dos vetores silvestres às infecções com, praticamente, todas as cepas do T.cruzi, sugerindo que o fator ou fatores responsáveis pela reação do P.megistus à infecção pela cepa Y também operam nas reações desta espécie com as restantes cepas, embora, várias destas tenham sido bioquimicamente diferentes entre si. A comparação dos dados aqui apresentados com os relatados por outros investigadores, forma a base da discussão sobre a superioridade de uso do D.maximus como agente no xenodiagnóstico.

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Publicado

1988-10-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Perlowagora-Szumlewicz, A., Muller, C. A., & Moreira, C. J. de C. (1988). Estudos em busca de um inseto modelo experimental para xenodiagnóstico em hospedeiros com doença de Chagas: 3 - A interação entre a espécie vetora e a cepa do parasito na reação do vetor à infecção com Trypanosoma cruzi . Revista De Saúde Pública, 22(5), 390-400. https://doi.org/10.1590/S0034-89101988000500004