Intoxicação aguda por aldrin: relação dos níveis séricos com efeitos tóxicos no homem

Autores/as

  • Wilson Andrade Carvalho Universidade Católica de Salvador; Escola de Medicina e Saúde Pública
  • Graciela Brige Matos Hospital Central Roberto Santos; Centro Antiveneno da Bahia
  • Sergio Lima Barros Cruz Universidade Federal da Bahia; Faculdade de Farmácia
  • Daisy Schwab Rodrigues Hospital Central Roberto Santos; Centro Antiveneno da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000100007

Palabras clave:

Aldrin^i1^senvenename, Dieldrin^i1^ssan, Aldrin^i1^ssan

Resumen

Para correlacionar o quadro clínico com níveis séricos de aldrin e dieldrin, foram acompanhados 16 pacientes com intoxicação aguda por formulação de aldrin. Oito deles, de ambos os sexos, com idade de 1 a 37 anos, apresentaram apenas sintomas leves como náusea e desconforto, e alguns permaneceram assintomáticos. No soro de um deles foi encontrado 16,6 ppb de aldrin e em outro 1,41 ppb de dieldrin. Grupo de cinco pacientes apresentou sintomas de moderada severidade, incluindo náusea, vômitos, sonolência, dispnéia, sudorese, abalos musculares, elevação da tensão arterial e episódios isolados de convulsão, a maioria com restabelecimento do estado de saúde em 24 h. A idade deste grupo variou de 2 a 30 anos e os níveis séricos de aldrin se situaram entre 6,98 ppb e 26,3 ppb, enquanto o dieldrin variou entre 82,00 ppb e 314,18 ppb. Os três outros pacientes desenvolveram um quadro grave de intoxicação, correspondendo a duas tentativas de suicídio e um de origem ocupacional, com idades de 21 a 35 anos; dois deles foram a óbito, um apresentando dor abdominal, arreflexia, sudorese, dispnéia, hipertermia, leucocitose no início do internamente que evoluiu para leucopenia severa, convulsões generalizadas, coma, insuficiência renal aguda, edema agudo de pulmão e morte no sétimo dia de decorrida a intoxicação; outro apresentou níveis séricos de aldrin de 30,00 ppb e 720 ppb de dieldrin; e outro, com intoxicação mais severa, com êxito letal no terceiro dia de internação, apresentou níveis séricos de 747,3 ppb de aldrin e 1.314,00 ppb de dieldrin. O último paciente, com quadro de alteração do ritmo de sono, desorientação e convulsões, tinha um teor de aldrin sérico de 31,05 ppb e 147,11 ppb de dieldrin. Os resultados encontrados sugerem que não ocorre grande correlação entre os níveis séricos de aldrin ou de seu metabolito dieldrin com os sinais e sintomas clínicos em intoxicações agudas por este inseticida.

Publicado

1990-02-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Carvalho, W. A., Matos, G. B., Cruz, S. L. B., & Rodrigues, D. S. (1990). Intoxicação aguda por aldrin: relação dos níveis séricos com efeitos tóxicos no homem . Revista De Saúde Pública, 24(1), 39-46. https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000100007