Geografia social da AIDS no Brasil

Autores

  • Francisco Inácio Bastos Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas
  • Christovam Barcellos Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Informações em Ciência e Tecnologia; Departamento de Informações para a Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000100009

Palavras-chave:

Síndrome de imunodefidência adquirida^i1^sepidemiolo, Distribuição espacial, Fatores socioeconômicos

Resumo

São divulgados os primeiros resultados da avaliação da dinâmica da epidemia da AIDS no Brasil através de técnicas de análise da distribuição espacial. São revisadas questões metodológicas, apontando as dificuldades de estabelecer regiões geográficas homogêneas no Brasil. Descrevem-se tendências recentes da dinâmica da epidemia da AIDS no Brasil - pauperização, interiorização e alteração na participação proporcional das categorias de exposição. Avalia-se a distribuição de casos de AIDS por Unidades da Federação (UFs), confeccionando-se mapas relativos à disseminação da epidemia no período 1987-1993 nas diversas UFs, estabelecendo-se os Centros Gravimétricos (CGs) relativos a esses anos. A análise do posicionamento e deslocamento pluri-anual desses CGs indica a força atrativa do Estado de São Paulo como pólo de difusão da epidemia e uma expansão simultânea da epidemia em direção às fronteiras de ocupação. Essas tendências colocam dificuldades adicionais às atividades de prevenção ao acrescentarem novos segmentos populacionais e regiões geográficas ao quadro observado inicialmente nas principais regiões metropolitanas e segmentos mais afetados.

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Publicado

1995-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Bastos, F. I., & Barcellos, C. (1995). Geografia social da AIDS no Brasil . Revista De Saúde Pública, 29(1), 52-62. https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000100009