Avaliação da cobertura vacinal do esquema básico para o primeiro ano de vida

Autores

  • Alcides S. de Miranda Grupo Hospitalar Conceição; Serviço de Saúde Comunitária; Unidade Valão
  • Ilóite M. Scheibel Grupo Hospitalar Conceição; Serviço de Saúde Comunitária; Unidade Valão
  • Mario R. G. Tavares Grupo Hospitalar Conceição; Serviço de Saúde Comunitária; Unidade Valão
  • Silvia M. P. Takeda Grupo Hospitalar Conceição; Serviço de Saúde Comunitária; Unidade Valão

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000300008

Palavras-chave:

Vacinação^i1^sestatíst, Esquema de imunização, Avaliação de processos e resultados^i1^scuidados de sa

Resumo

Em 1991 avaliou-se a cobertura vacinal em crianças de 12 a 23 meses de idade no território de responsabilidade de um Posto de Atenção Primária à Saúde, na periferia da Zona Norte de Porto Alegre, RS, Brasil, cinco anos após sua implantação, com a finalidade de melhorar a qualidade das ações de saúde desenvolvidas no serviço. Foram investigadas todas as crianças através de um inquérito domiciliar, observando-se a carteira de vacinas e as informações da mãe. Em 1986, um inquérito inicial havia identificado uma cobertura vacinal inferior a 60% para cada uma das vacinas. A atual cobertura vacinal (doses comprovadas) para três doses da vacina DPT (Difteria, Pertussis e Tétano), três doses da Sabin (antipoliomielite), uma dose da anti-sarampo (VAS) e uma dose de BCG são, respectivamente 87, 89, 88 e 79%. Apesar das altas coberturas observadas por tipos de vacinas, quando se verificou para cada criança se o esquema básico do primeiro ano de vida estava completo (3 doses de DPT + 3 doses de Sabin + 1 dose de VAS + 1 dose de BCG), encontrou-se apenas 75% das crianças na citada situação. A cobertura vacinal é heterogênea dentro do território, sendo maior naquelas áreas caracterizadas por piores condições socioeconômicas, onde a equipe de saúde havia intensificado esforços. A comparação com o método administrativo de avaliação de cobertura, realizado mensalmente, mostrou a não-adequação desse, que subestimava a cobertura vacinal. Avaliou-se a situação vacinal das mães, para vacina antitetânica, e apenas 49% das crianças estavam protegidas contra o tétano neonatal. Os dados obtidos subsidiaram a imediata reestruturação das ações do programa, com vistas a atingir uma cobertura vacinal de 100%, e melhorar a qualidade das ações de saúde prestadas pela equipe.

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Publicado

1995-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Miranda, A. S. de, Scheibel, I. M., Tavares, M. R. G., & Takeda, S. M. P. (1995). Avaliação da cobertura vacinal do esquema básico para o primeiro ano de vida . Revista De Saúde Pública, 29(3), 208-214. https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000300008