Mortalidade materna em cidade de médio porte, Brasil, 1997

Autores

  • Carlos HA de Rezende Universidade Federal de Uberlândia; Departamento de Clínica Médica, Medicina Preventiva e Comunitária
  • Daniela Moreli Universidade Federal de Uberlândia; Departamento de Clínica Médica, Medicina Preventiva e Comunitária
  • Irina MAA de Rezende Diretoria Regional de Saúde de Uberlândia; Núcleo de Investigação Epidemiológica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000400002

Palavras-chave:

Mortalidade materna, Saúde da mulher, Saúde reprodutiva, Coeficiente de mortalidade, Atestados de óbito, Causa básica de morte, Complicações na gravidez, Cuidado pré-natal

Resumo

OBJETIVO: A real magnitude do problema das mortes maternas em Uberlândia, MG, Brasil, é pouco conhecida, sendo que o objetivo do estudo é conhecer o perfil da mortalidade materna desse município. MÉTODO: Utilizaram-se, como fonte de dados, as declarações de óbito de mulheres falecidas entre 10 e 49 anos de idade, residentes no município de Uberlândia, MG. Entrevistaram-se as famílias dessas mulheres para identificar o estado gestacional no momento do óbito. As mortes caracterizadas como maternas foram investigadas nos serviços de saúde, em prontuários e em entrevistas médicas. Foram analisados os óbitos maternos ocorridos até um ano após o término da gestação, considerando-se: pré-natal, período gestacional, tipo de parto, complicações em gestações anteriores, causa básica da morte, local de ocorrência e possibilidade de se evitar o óbito. Calcularam-se os coeficientes de mortalidade materna (CMM) por 100.000 nascidos vivos. RESULTADOS: Do total de 204 óbitos, analisaram-se 173 de residentes no município. Ocorreram 6 mortes maternas, sendo 4 (66,7%) até 42 dias após o parto e 2 (33,3%) de 43 dias a 1 ano; 5 (83,3%) foram devidas a causas obstétricas diretas (toxemia- 60% e hemorragia - 40%) e 1 (16,7%), indireta (cardiopatia). O CMM a partir das mortes maternas declaradas foi de 22,2 e o corrigido elevou-se para 66,6. CONCLUSÕES: O CMM encontrado está acima do aceitável. Faz-se necessária uma análise acurada da qualidade do pré-natal e do parto, bem como do registro das declarações de óbito.

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Publicado

2000-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Rezende, C. H. de, Moreli, D., & Rezende, I. M. de. (2000). Mortalidade materna em cidade de médio porte, Brasil, 1997 . Revista De Saúde Pública, 34(4), 323-328. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000400002