Escores de consumo alimentar e níveis lipêmicos em população de São Paulo, Brasil

Autores

  • Nélida Schmid de Fornés Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Nutrição
  • Ignez Salas Martins Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Nutrição
  • Gustavo Velásquez-Meléndez Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem
  • Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre USP; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000100003

Palavras-chave:

Consumo de alimentos, Lipídios^i1^ssan, Colesterol^i1^ssan, Lipoproteínas, Gorduras na dieta, Hiperlipidemia, Lipoproteínas do colesterol HDL^i1^ssan, Lipoproteínas do colesterol LDL^i1^ssan, Doenças cardiovasculares, Escores

Resumo

OBJETIVO: Analisar o padrão de consumo alimentar avaliado por meio de escores de consumo e relacionar esses escores com os níveis de colesterol total e de lipoproteínas de baixa e alta densidades em população da área metropolitana de São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado no município de Cotia, São Paulo, em amostra representativa de 1.045 adultos, foram determinados níveis de lipídeos séricos e a ingestão de alimentos por meio da freqüência de consumo alimentar. Foram utilizados escores de padrão de consumo, estabelecendo um peso para cada categoria de consumo baseado na freqüência anual, obtendo-se, assim, a distribuição quintilar do escore I (alimentos considerados de risco para doenças cardiovasculares) e escore II (alimentos protetores). Foram comparados os valores médios das lipoproteínas para cada um dos quintis pela análise de variância, e foram verificadas possíveis relações entre os escores de consumo e as frações de lipídeos séricos, mediante modelos de regressão linear múltipla (stepwise forward). RESULTADOS: Observou-se aumento significativo dos níveis médios de lipídeos, segundo quintis de consumo do escore I para colesterol total e para lipoproteína de baixa densidade-colesterol, e constatou-se um comportamento inverso e significativo dos níveis desses lipídeos séricos em relação ao escore II. O escore I correlacionou-se positivamente e significativamente a esses lipídeos, e o escore II apresentou correlação inversa e significativa com esses constituintes sangüíneos. CONCLUSÕES: Em estudos populacionais, a análise da freqüência de consumo de alimentos por meio de escores pode ser um método de escolha para avaliar qualidade de dieta e de seu potencial efeito nos níveis séricos de colesterol total e de lipoproteínas de baixa densidade.

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Publicado

2002-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Fornés, N. S. de, Martins, I. S., Velásquez-Meléndez, G., & Latorre, M. do R. D. de O. (2002). Escores de consumo alimentar e níveis lipêmicos em população de São Paulo, Brasil . Revista De Saúde Pública, 36(1), 12-18. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000100003