Intenções reprodutivas e práticas de regulação da fecundidade entre universitários

Autores/as

  • Kátia Cibelle Machado Pirotta Instituto de Saúde; Núcleo de Investigação em Saúde da Mulher e da Criança
  • Néia Schor Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Saúde Materno-Infantil

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000400003

Palabras clave:

Comportamento sexual, Conhecimentos, atitudes e prática, Anticoncepção^i1^sestatíst, Estudantes, Planejamento familiar, Doenças sexualmente transmissíveis^i1^spreven, Preservativos^i1^sutiliza, Universidades, Gravidez na adolescência, Aborto induzido

Resumen

OBJETIVO: Identificar as intenções reprodutivas e caracterizar as práticas de regulação da fecundidade, abarcando a contracepção e o aborto, entre um grupo de adolescentes e jovens de alta escolaridade. MÉTODOS: Os dados foram levantados a partir de um estudo amplo quali-quantitativo com estudantes de graduação com idade de até 24 anos, de uma universidade pública estadual localizada na cidade de São Paulo. A população estudada foi constituída de 952 estudantes que freqüentavam disciplinas sorteadas pelo método de sorteio aleatório; e numa segunda etapa foram realizadas 33 entrevistas em profundidade com alunos voluntários. Na primeira etapa, os alunos foram entrevistados em sala de aula, através de um questionário auto-aplicável e, na segunda etapa, foram gravadas entrevistas em profundidade, realizadas em um local previamente combinado. RESULTADOS: O padrão de família idealizado pelo grupo era pequeno, com até dois filhos. A idade considerada ideal no nascimento do primeiro filho seria próxima aos 30 anos. Os estudantes referiram uma alta proporção de uso de contraceptivos - sobretudo do condom e da pílula. Ao lado disso, observa-se uma alta proporção de gestações finalizadas pelo aborto. Como resultante desse quadro, a fecundidade é bastante baixa no grupo, ou seja, 27 estudantes referiram uma ou mais gestações. Os dados qualitativos não foram objeto de análise. CONCLUSÕES: Embora o tamanho idealizado para a família reflita uma tendência geral presente na sociedade brasileira, constata-se que o grupo adia a maternidade/paternidade em função de um projeto de vida orientado para a conclusão de um curso superior e a inserção no mercado de trabalho. Ainda assim, a contracepção e a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis são vivenciadas precariamente.

Publicado

2004-08-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Pirotta, K. C. M., & Schor, N. (2004). Intenções reprodutivas e práticas de regulação da fecundidade entre universitários . Revista De Saúde Pública, 38(4), 495-502. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000400003