Prevalência do tracoma em pré-escolares e escolares no Município de São Paulo

Autores

  • Inês Kazue Koizumi Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Centro de Vigilância Epidemiológica 'Prof. Alexandre Vranjac'
  • Norma Helen Medina Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Centro de Vigilância Epidemiológica 'Prof. Alexandre Vranjac'
  • Rosa Kazuye Koda D'Amaral Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo
  • Wilma Tiemi Miyake Morimoto Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo
  • Lígia Santos Abreu Caligaris Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo
  • Nilton Chinen Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo
  • Yvone Marcondes R de Andrade Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo
  • Maria Regina Alves Cardoso Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000600011

Palavras-chave:

Tracoma^i1^sepidemiolo, Pré-escolar, Vigilância epidemiológica, Saúde escolar, C. trachomatis

Resumo

OBJETIVO: Conhecer a prevalência de tracoma em pré-escolares e escolares das escolas públicas para redirecionar as atividades de seu controle. MÉTODOS: Realizou-se inquérito epidemiológico no Município de São Paulo, em 1999. A seleção das crianças com idade entre quatro e 14 anos foi feita por meio de amostragem por conglomerados, sendo o turno de estudo a unidade amostral. Foi realizado exame ocular externo para detectar a presença de sinais clínicos de tracoma. RESULTADOS: Das 27.091 crianças examinadas foram diagnosticados 597 casos de tracoma (2,2%; IC 95%: 1,86-2,55). A prevalência variou de 0,4% a 4,2% entre as 10 regiões do Município de São Paulo. A taxa de detecção entre os comunicantes foi de 8,7%. Tracoma folicular foi encontrado em 99,0% dos casos e tracoma intenso em 1,0% dos casos. Verificou-se que 22,5% dos casos eram assintomáticos. CONCLUSÕES: Embora a prevalência tenha sido baixa, a presença de formas graves aponta para a possibilidade da existência de casos cicatriciais no futuro, se não houver tratamento e controle adequado. A grande diferença entre as taxas encontradas para cada uma das regiões da cidade, indica a necessidade de intensificação das ações de vigilância epidemiológica do tracoma.

Publicado

2005-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Koizumi, I. K., Medina, N. H., D'Amaral, R. K. K., Morimoto, W. T. M., Caligaris, L. S. A., Chinen, N., Andrade, Y. M. R. de, & Cardoso, M. R. A. (2005). Prevalência do tracoma em pré-escolares e escolares no Município de São Paulo . Revista De Saúde Pública, 39(6), 937-942. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000600011