Diversidade de criadouros e tipos de imóveis freqüentados por Aedes albopictus e Aedes aegypti

Autores

  • Vanderlei C da Silva Instituto Oswaldo Cruz; Departamento de Entomologia
  • Paulo O Scherer Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Instituto de Biologia
  • Simone S Falcão Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Instituto de Biologia
  • Jeronimo Alencar Instituto Oswaldo Cruz; Departamento de Entomologia
  • Sergio P Cunha Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro; Centro de Estudos e Pesquisa em Antropozoonoses Máximo da Fonseca Filho
  • Iram M Rodrigues Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
  • Nadja L Pinheiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Instituto de Biologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000700021

Palavras-chave:

Aedes aegypti, Aedes albopictus, Larva^i1^screscimento e desenvolvime, Distribuição espacial da população, Insetos vetores

Resumo

OBJETIVOS: Verificar a diversidade de criadouros e tipos de imóveis freqüentados por fêmeas de Aedes albopictus e Aedes aegypti. MÉTODOS: O estudo foi realizado nos anos de 2002 e 2003 no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro, RJ. Realizou-se pesquisa larvária em diferentes tipos de imóveis. As larvas encontradas foram identificadas em laboratório. A freqüência de larvas dessas duas espécies foi computada nos diversos criadouros disponíveis. Foram calculados os índices de infestação predial e de Breteau, as diferenças foram testadas pelo qui-quadrado. RESULTADOS: Os tipos de imóveis positivos para os aedinos foram: residências (83,9% do total); igrejas, escolas, clubes (6,8%); terrenos baldios (6,4%); e comércios (2,8%). Das 9.153 larvas, 12,0% eram de Aedes albopictus e 88,0% de Aedes aegypti. Para aquela espécie, os recipientes onde foram mais encontradas foram ralos (25,4%), latas, garrafas, vasilhames (23,9%) e vasos com plantas (16,2%). Aedes aegypti mostrou-se mais freqüente nos criadouros que Aedes albopictus (chi2=145,067, p<0,001). Também ocorreu diferença significante na freqüência dessas espécies em criadouros artificiais do que em naturais (chi2=31,46; p<0,001). O índice de infestação predial e índice de Breteau para Aedes albopictus foram respectivamente em 2002 (0,3%; 0,28), em 2003 (0,4%; 0,5); para Aedes aegypti, em 2002 (1,0%;1,16) e 2003 (3,5%; 4,35). CONCLUSÕES: Verificou-se a freqüência das fêmeas de Aedes albopictus e Ae. aegypti em variados tipos de criadouros e tipos de imóveis para postura. A oferta abundante de recipientes artificiais inservíveis nas residências, associada à capacidade de Ae. albopictus de freqüentar também os criadouros naturais, contribui sobremaneira para sua adaptação gradativa ao meio antrópico.

Downloads

Publicado

2006-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, V. C. da, Scherer, P. O., Falcão, S. S., Alencar, J., Cunha, S. P., Rodrigues, I. M., & Pinheiro, N. L. (2006). Diversidade de criadouros e tipos de imóveis freqüentados por Aedes albopictus e Aedes aegypti . Revista De Saúde Pública, 40(6), 1106-1111. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000700021