Captura de culicídeos em área urbana: avaliação do método das caixas de repouso

Autores

  • Eudina Agar Miranda de Freitas Barata Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo; Superintendência de Controle de Endemias; Divisão de Programas Especiais
  • Francisco Chiaravalloti Neto Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo; Superintendência de Controle de Endemias; Serviço Regional de São José do Rio Preto
  • Margareth Regina Dibo Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo; Superintendência de Controle de Endemias; Serviço Regional de São José do Rio Preto
  • Maria de Lourdes G Macoris SES-SP; Sucen; Serviço Regional de Marília
  • Angelita Anália C Barbosa Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
  • Delsio Natal Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • José Maria Soares Barata Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Maria Teresa Macoris Andriguetti SES-SP; Sucen; Serviço Regional de Marília

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000300008

Palavras-chave:

Culicidae, Insetos vetores, Comportamento espacial, Técnicas de estimativa, Estudos de avaliação, Sensibilidade e especificidade, Aedes aegypti, Culex

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de população adulta de culicídeos em área urbana e medir a sensibilidade do método de coleta em caixa de repouso MÉTODOS: Foram coletados mosquitos entre 1999 e 2000, em duas cidades do Estado de São Paulo: Ocauçu e Uchoa. Em cada uma delas, sortearam-se 15 quadras, e em cada quadra um domicílio, onde foram instaladas duas caixas de repouso, no intra e no peridomicílio. Realizaram-se coletas mensais por domicílio, durante 13 meses, utilizando aspiradores manuais no intra e peridomicílio e no interior das caixas. Os espécimes capturados foram levados ao laboratório para triagem e identificação por espécie e sexo. RESULTADOS: Dos 2.112 espécimes de culicídeos coletados, 99,7% corresponderam a quatro espécies: Culex quinquefasciatus, Aedes aegypti, Cx. declarator e Cx. coronator. A distribuição percentual dessas espécies foi, respectivamente, em Ocauçu: 83,3%, 3,2%, 10,8% e 2,4%, e em Uchoa: 83,8%, 8,4%, 4,4% e 3,0%. Das fêmeas do gênero Culex, 34,3% foram coletadas nas caixas de repouso e 59,9% encontravam-se no intradomicílio. Das fêmeas de Ae. aegypti, 17,6% foram coletadas nas caixas de repouso e 82,4% encontraram-se no intradomicílio. CONCLUSÕES: A grande maioria dos espécimes coletados pertenciam a quatro espécies de culicídeos, sendo Cx. quinquefasciatus a mais freqüente. Proporcionalmente, as fêmeas de Ae. aegypti ocuparam mais o intradomicílio do que as do gênero Culex. A caixa de repouso apresenta potencial de utilização como dispositivo de vigilância, mas precisa ser mais bem avaliada.

Publicado

2007-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Barata, E. A. M. de F., Chiaravalloti Neto, F., Dibo, M. R., Macoris, M. de L. G., Barbosa, A. A. C., Natal, D., Barata, J. M. S., & Andriguetti, M. T. M. (2007). Captura de culicídeos em área urbana: avaliação do método das caixas de repouso . Revista De Saúde Pública, 41(3), 375-382. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000300008