Auto-avaliação de saúde entre trabalhadores de uma indústria no sul do Brasil

Autores

  • Doroteia Aparecida Höfelmann Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Nelson Blank Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000500012

Palavras-chave:

Saúde do trabalhador, Auto-avaliação^i1^sPsicolo, Satisfação no emprego, Condições de trabalho, Riscos ocupacionais, Questionários, Estudos transversais

Resumo

OBJETIVO: Analisar a prevalência de auto-avaliação de saúde negativa e seus fatores associados, entre trabalhadores industriais. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra probabilística de 482 trabalhadores de indústria metal-mecânica de Joinville, estado de Santa Catarina, em 2005. As informações foram obtidas por meio de questionário auto-administrado e medidas antropométricas. Para estimar a magnitude de associação entre a auto-avaliação e variáveis, foram calculadas as razões de chances (RC) com intervalos de confiança de 95%. Foram obtidos modelos logísticos múltiplos por meio de análise de regressão logística utilizando um referencial teórico hierárquico. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 98,6%. A auto-avaliação de saúde negativa foi referida por 16,6% dos trabalhadores. A maioria era do sexo masculino (84,8%) e desenvolvia atividades predominantemente ligadas ao setor produtivo (79,4%). A queixa mais comum entre os trabalhadores foi dor nas costas (30,9%). Após modelagem estatística, as seguintes variáveis permaneceram associadas à auto-avaliação negativa de saúde: sexo feminino (RC=3,0; IC 95%: 1,5;6,2), inatividade física (RC=1,8; IC 95%: 1,0;3,4), tensão psicológica (RC=3,0; IC 95%: 1,6;5,6), falta de controle sobre a vida (RC=3,0; IC 95%: 1,5;6,1), referência a uma (RC=3,2; IC 95%: 1,4;7,2) ou duas ou mais doenças crônicas (RC=7,7; IC 95%: 3,4;17,8), licença de saúde de curta duração (RC=2,9; IC 95%: 1,5;5,5) e doença limitante (RC=2,8; IC 95%: 1,2;6,6). CONCLUSÕES: A prevalência de auto-avaliação de saúde negativa esteve associada às dimensões socioeconômica/demográfica, estilo de vida, psicossocial e situação de saúde. A variável que mais influenciou na auto-avaliação negativa foi a referência a mais de duas doenças crônicas.

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Publicado

2007-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Höfelmann, D. A., & Blank, N. (2007). Auto-avaliação de saúde entre trabalhadores de uma indústria no sul do Brasil . Revista De Saúde Pública, 41(5), 777-787. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000500012