Desempenho da atenção básica no controle da tuberculose

Autores

  • Tânia Maria Ribeiro Monteiro de Figueiredo Universidade Estadual da Paraíba; Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas; Departamento de Enfermagem
  • Tereza Cristina Scatena Villa Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; Departamento de Enfermagem em Saúde Pública
  • Lúcia Marina Scatena Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; Departamento de Enfermagem em Saúde Pública
  • Roxana Isabel Cardozo Gonzales Universidade Federal de Pelotas; Departamento de Enfermagem
  • Antonio Ruffino-Netto Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Medicina Social
  • Jordana de Almeida Nogueira Universidade Federal da Paraíba; Departamento de Enfermagem em Saúde Pública
  • Arleusson Ricarte de Oliveira UFPB; Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
  • Sandra Aparecida de Almeida UFPB; Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000054

Palavras-chave:

Tuberculose^i1^sprevenção & contr, Assistência à Saúde, Acesso aos Serviços de Saúde, Programa Saúde da Família, Avaliação de Serviços de Saúde

Resumo

OBJETIVO: Analisar o acesso ao tratamento para tuberculose em serviços de saúde vinculados ao Programa Saúde da Família e em ambulatório de referência. MÉTODOS: Foi realizado estudo do tipo inquérito descritivo, em 2007, com 106 pacientes que receberam tratamento para tuberculose no período de julho/2006 a agosto/2007 em Campina Grande, PB, vinculados ao Programa Saúde da Família (PSF) e em ambulatório de referência. Para avaliação de serviços de saúde, foi utilizado o instrumento Primary Care Assessment Tool, validado e adaptado para atenção à tuberculose no Brasil. As principais variáveis analisadas se referiam a locomoção e distância ao serviço e supervisão dos doentes. RESULTADOS: Dos 106 doentes, 83,9% realizaram tratamento auto-administrado e 16,0% tratamento supervisionado. Os indicadores das unidades PSF e ambulatório de referência, considerados semelhantes (p>;0,05), foram: 65,1% "perder o turno de trabalho para consultar"; 65,0% "utilizar o transporte motorizado"; 50,0% "sempre pagar pelo transporte motorizado" e 69,0% não fazer o "tratamento em unidades de saúde perto do seu domicílio". Os indicadores "utilizar transporte motorizado", "pagar pelo transporte para consultar", "fazer tratamento perto de casa" foram estatisticamente diferentes (p<0,05) entre os serviços. Os coeficientes alfa de Cronbach não padronizados e padronizados foram, respectivamente, 0,7275 e 0,7075, com base nos oito itens do questionário. CONCLUSÕES: Apesar de o município ter 85 equipes de PSF, o tratamento supervisionado foi incorporado por poucos. Embora o tratamento da tuberculose seja disponibilizado pelo serviço público de saúde, ainda representa um custo econômico para o paciente em função da necessidade de deslocamento até o serviço de saúde, bem como a perda do turno de trabalho para ser consultado.

Publicado

2009-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Figueiredo, T. M. R. M. de, Villa, T. C. S., Scatena, L. M., Cardozo Gonzales, R. I., Ruffino-Netto, A., Nogueira, J. de A., Oliveira, A. R. de, & Almeida, S. A. de. (2009). Desempenho da atenção básica no controle da tuberculose . Revista De Saúde Pública, 43(5), 825-831. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000054