Internações sensíveis na atenção primária como indicador de avaliação da Estratégia Saúde da Família

Autores

  • Viviane Braga Lima Fernandes Universidade Estadual de Montes Claros; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
  • Antônio Prates Caldeira Universidade Estadual de Montes Claros; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
  • Anderson Antônio de Faria Universidade Estadual de Montes Claros; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
  • João Felício Rodrigues Neto Universidade Estadual de Montes Claros; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000080

Palavras-chave:

Programa Saúde da Família, Equipe de Assistência ao Paciente, Atenção Primária à Saúde^i1^srecursos huma, Hospitalização, Inquéritos de Morbidade, Avaliação de Serviços de Saúde

Resumo

OBJETIVO: Identificar variáveis associadas a internações sensíveis ao cuidado primário. MÉTODOS: Inquérito de morbidade hospitalar realizado com amostra aleatória de 660 pacientes internados em enfermarias de clínica médica e cirúrgica de hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde, em Montes Claros, MG, de 2007 a 2008. Foram realizadas entrevistas com os pacientes e seus familiares utilizando formulário próprio e pesquisa aos prontuários. A definição das condições consideradas sensíveis ao cuidado primário baseou-se na lista do Ministério da Saúde. A associação entre variáveis socioeconômicas e de saúde com as internações sensíveis foi analisada utilizando-se análises bivariadas e de regressão logística múltipla. RESULTADOS: O percentual de internações sensíveis ao cuidado primário no grupo estudado foi de 38,8% (n=256). As variáveis que se mantiveram estatisticamente associadas com as condições sensíveis ao cuidado primário foram: internação prévia (OR=1,62; IC 95%: 1,51;2,28), visitas regulares a unidades de saúde (OR=2,20; IC 95%: 1,44;3,36), baixa escolaridade (OR=1,50; IC 95%: 1,02;2,20), controle de saúde não realizado por equipe de saúde da família (OR=2,48; IC 95%: 1,64;3,74), internação solicitada por médicos que não atuam na equipe de saúde da família (OR=2,25; IC 95%: 1,03;4,94) e idade igual ou superior a 60 anos (OR=2,12; IC 95%: 1,45;3,09). CONCLUSÕES: As variáveis associadas às internações sensíveis são sobretudo próprias do paciente, como idade, escolaridade e internações prévias, mas o controle regular da saúde fora da Estratégia de Saúde da Família duplica a probabilidade de internação.

Publicado

2009-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Fernandes, V. B. L., Caldeira, A. P., Faria, A. A. de, & Rodrigues Neto, J. F. (2009). Internações sensíveis na atenção primária como indicador de avaliação da Estratégia Saúde da Família . Revista De Saúde Pública, 43(6), 928-936. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000080