Qualidade de vida associada a saúde e condições de trabalho entre profissionais de enfermagem

Autores

  • Amanda Aparecida Silva Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • José Maria Pacheco de Souza USP; FSP; Departamento de Epidemiologia
  • Flávio Notarnicola da Silva Borges Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Frida Marina Fischer USP; FSP; Departamento de Saúde Ambiental

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000400016

Palavras-chave:

Recursos Humanos de Enfermagem, Condições de Trabalho, Qualidade de Vida, Nível de Saúde, Estudos Transversais, Fatores psicossociais no trabalho

Resumo

OBJETIVO: Avaliar condições de trabalho associadas à qualidade de vida relacionada à saúde entre profissionais de enfermagem. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em um hospital universitário de São Paulo, SP, em 2004-2005. A população estudada foi de 696 enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, predominantemente feminina (87,8%) e que trabalhava em turnos diurnos e/ou noturnos. Os dados sociodemográficos, de condições de trabalho e de vida, hábitos de vida e sintomas de saúde auto-referidos foram obtidos por meio de questionários auto-aplicados: Resultados de Estudos de Saúde - versão reduzida, Escala de Estresse no Trabalho e Desequilíbrio Esforço-Recompensa. Valores do coeficiente 1,01 significam mais esforços do que recompensas no trabalho. Modelos de regressão logística ordinal de chances proporcionais foram ajustados para cada dimensão do SF-36. RESULTADOS: Aproximadamente 22% da população foi classificada como trabalhando em condições de alto desgaste e 8% com mais esforços do que recompensas no trabalho. As dimensões com piores escores médios no SF-36 foram vitalidade, dor e saúde mental. Alto desgaste no trabalho, ter mais esforços que recompensas e ser enfermeira associaram-se de maneira independente aos baixos escores da dimensão de aspectos emocionais. As dimensões relacionadas à saúde mental foram as que mais sofreram influência dos fatores psicossociais do trabalho. CONCLUSÕES: Apresentar mais esforços do que recompensas no trabalho foi mais significativo para a qualidade de vida associada à saúde do que o alto desgaste no trabalho (altas demandas e baixo controle). Os resultados indicam que a análise conjunta dos fatores psicossociais de desequilíbrio esforço-recompensa e demanda-controle contribuiu para a discussão sobre os papéis profissionais, condições de trabalho e qualidade de vida relacionada à saúde de profissionais de enfermagem.

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Publicado

2010-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, A. A., Souza, J. M. P. de, Borges, F. N. da S., & Fischer, F. M. (2010). Qualidade de vida associada a saúde e condições de trabalho entre profissionais de enfermagem . Revista De Saúde Pública, 44(4), 718-725. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000400016