Uso de serviços de saúde segundo posição socioeconômica em trabalhadores de uma universidade pública

Autores

  • Ana Luiza Braz Pavão Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Cláudia Medina Coeli Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
  • Cláudia de Souza Lopes UERJ; IMS
  • Eduardo Faerstein UERJ; IMS
  • Guilherme Loureiro Werneck UERJ; IMS
  • Dóra Chor Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000002

Palavras-chave:

Serviços de Saúde, utilização, Acesso aos Serviços de Saúde, Fatores Socioeconômicos, Desigualdades em Saúde, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Analisar o uso de serviços de saúde segundo posição socioeconômica em trabalhadores de uma universidade pública. MÉTODOS: Estudo transversal com 759 funcionários de uma universidade pública brasileira que referiram restrição das atividades habituais por motivo de saúde nos últimos 14 dias. Foram utilizados dados de 2001 provenientes da coorte "Estudo Pró-Saúde", realizado no Rio de Janeiro, RJ. O uso de serviços de saúde foi avaliado pela proxy busca por assistência de saúde e tipo de serviço. A presença de variações adicionais na morbidade foi verificada pelo tempo de restrição. Foram analisados os marcadores de escolaridade, renda e ocupação e calculadas razões de proporções brutas e ajustadas do uso e por tipo de serviço. RESULTADOS: Nível ocupacional foi o indicador de maior desigualdade no uso de serviços de saúde. Após o ajuste por sexo, idade e demais marcadores de posição socioeconômica, a razão de proporção de uso de assistência de saúde entre trabalhadores de rotina manual foi 1,31 (IC95% 1,11;1,55) e entre trabalhadores de rotina não-manual foi 1,21 (IC95% 1,06;1,37), comparados aos profissionais, considerada a categoria de referência. CONCLUSÕES: Padrão de desigualdade social foi observado no uso de serviços de saúde em favor dos indivíduos de menor posição socioeconômica, mesmo após o controle por necessidade, com destaque para o marcador de ocupação. As diferenças remanescentes na morbidade dos indivíduos parecem não ser suficientes para explicar o achado e fatores ocupacionais podem exercer maior influência no uso de serviços de saúde dessa população.

Publicado

2012-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Pavão, A. L. B., Coeli, C. M., Lopes, C. de S., Faerstein, E., Werneck, G. L., & Chor, D. (2012). Uso de serviços de saúde segundo posição socioeconômica em trabalhadores de uma universidade pública . Revista De Saúde Pública, 46(1), 98-103. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000002