Bissinose no município da capital do Estado de S. Paulo, Brasil

Autores

  • Diogo Pupo Nogueira USP; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Saúde Ambiental
  • Berenice F. Goelzer Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho; Divisão de Higiene do Trabalho
  • Joe W. Cox Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho; Divisão de Higiene do Trabalho
  • Edgar Pereira da Silva Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho; Divisão de Medicina do Trabalho
  • Naim Sauaia Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101973000300006

Palavras-chave:

Bissinose, Pneumoconiose, Doenças respiratórias

Resumo

Seguindo-se uma sistemática epidemiológica, foram estudados os trabalhadores de 3 fiações de algodão, com diferentes quantidades de poeira de algodão em suspensão na atmosfera dos locais de trabalho, comparando-se com 135 pessoas do grupo controle não exposto a essas poeiras. Pelas respostas ao questionário padrão internacional sobre doenças respiratórias, verificou-se que os trabalhadores das fábricas, onde era mais elevada a concentração de poeira de algodão, apresentavam um ou mais sintomas característicos da bissinose; por outro lado, as provas de função pulmonar, realizadas imediatamente antes e após o início do trabalho às segundas-feiras, mostravam-se alteradas. Como no grupo controle, verificou-se melhoria significativa da função pulmonar no término do dia de trabalho. E como tal fato não foi observado mesmo na fábrica onde a concentração de poeira no ar era muito baixa e onde não se notou piora das provas de função pulmonar entre seus trabalhadores, levantou-se a hipótose de que essa ausência de melhoria possa constituir um sintoma precoce da bissinose.

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Publicado

1973-09-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Nogueira, D. P., Goelzer, B. F., Cox, J. W., Silva, E. P. da, & Sauaia, N. (1973). Bissinose no município da capital do Estado de S. Paulo, Brasil . Revista De Saúde Pública, 7(3), 251-272. https://doi.org/10.1590/S0034-89101973000300006