Consumo de substâncias ilícitas por adolescentes portugueses

Autores

  • Carla Neto Universidade do Porto; Instituto de Saúde Pública
  • Sílvia Fraga Universidade do Porto; Instituto de Saúde Pública
  • Elisabete Ramos Universidade do Porto; Instituto de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000500007

Palavras-chave:

Adolescente, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, epidemiologia, Comportamento do Adolescente, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Descrever a prevalência de consumo de drogas ilícitas em adolescentes e os motivos que os levam a experimentá-las. MÉTODOS: Estudo transversal com 2.499 adolescentes de 17 anos, com base numa coorte designada por EPITeen, iniciada em 2003/2004 com adolescentes nascidos em 1990 que estudavam nas escolas públicas e privadas da cidade do Porto, Portugal. Foi realizada nova avaliação em 2007/2008, sendo recuperados 1.716 adolescentes (79,4%) e avaliados 783 novos participantes. Informações sobre características sociais e demográficas, história familiar e pessoal de doença e comportamentos foram obtidas com questionários estruturados autoadministrados. O teste de qui-quadrado foi utilizado para testar as associações. A análise estatística foi realizada no programa informático SPSS® versão 17. RESULTADOS: Dos adolescentes, 14,6% referiram ter experimentado drogas alguma vez na vida. A droga ilícita mais experimentada foi a cannabis (12,5%), seguida pelo álcool em simultâneo com cannabis (5,5%) e pelos tranquilizantes (1,7%). A razão mais referida para experimentar drogas foi a curiosidade (77,5%). Os amigos foram a forma mais frequentemente referida para obter a droga e a escola era vista por 24,2% dos adolescentes como um local em que se podia comprar cannabis. CONCLUSÕES: Os resultados fundamentam a necessidade de intervir em idades precoces e sugerem que essa intervenção deve ser integrada com estratégias dirigidas a outros comportamentos de risco, nomeadamente em meio escolar.

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Publicado

2012-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Neto, C., Fraga, S., & Ramos, E. (2012). Consumo de substâncias ilícitas por adolescentes portugueses. Revista De Saúde Pública, 46(5), 808-815. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000500007