Competências científico- tecnológicas e cooperação universidade-empresa na saúde

Autores

  • Jorge Britto Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Economia; Departamento de Economia
  • Marco Antônio Vargas Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
  • Carlos Augusto Grabois Gadelha Fiocruz; ENSP
  • Laís Silveira Costa Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000700007

Palavras-chave:

Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Apoio à Pesquisa como Assunto, Pesquisadores, tendências, Transferência de Tecnologia

Resumo

OBJETIVO: Analisar a evolução recente das competências científicas na área de saúde, o efeito das linhas de fomento na redução dos desequilíbrios científicos regionais e a interação universidade-empresas entre os grupos de pesquisa em saúde no Brasil. MÉTODOS: As informações utilizadas foram provenientes das bases de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, referentes aos anos de 2000 a 2010. Foram calculados indicadores relativos à mobilização de recursos, à estruturação de grupos de pesquisa e à realização de esforços para transferência de conhecimentos entre a esfera científica e o setor empresarial. RESULTADOS: Com base no mapa da distribuição regional das competências técnico-científicas na área de saúde, foram identificados possíveis padrões de especialização científica e os padrões de interação entre a comunidade científica e o setor empresarial. Houve relativa desconcentração espacial dos grupos de pesquisa em saúde e seis áreas de conhecimento eram responsáveis por mais de 6% dos grupos de pesquisa em saúde, pela ordem: Medicina, Saúde Coletiva, Odontologia, Medicina Veterinária, Ecologia e Educação Física. Os incentivos representados pelas linhas de fomento no período 2000-2009 contribuíram para reduzir os desequilíbrios científicos regionais, induzindo o aprofundamento de competências pré-existentes ou, alternativamente, estimulando a descentralização espacial dessas competências. CONCLUSÕES: Ainda persiste uma concentração espacial elevada das competências técnico-científicas em saúde e os incentivos de política têm contribuído apenas parcialmente para reduzir esses desequilíbrios.

Downloads

Publicado

2012-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Britto, J., Vargas, M. A., Gadelha, C. A. G., & Costa, L. S. (2012). Competências científico- tecnológicas e cooperação universidade-empresa na saúde . Revista De Saúde Pública, 46(n. spe), 41-50. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000700007