Teatro na educação de crianças e adolescentes participantes de ensaio clínico

Autores

  • Maria Flávia Gazzinelli Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem
  • Vânia de Souza Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Materno-Infantil
  • Lucas Henrique Lobato de Araújo Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem
  • Relbson de Matos Costa Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem
  • Amanda Nathale Soares Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem
  • Cláudia Peres Costa Maia Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000600009

Palavras-chave:

Ancilostomíase, prevenção & controle, Criança, Adolescente, Autonomia Pessoal, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Educação em Saúde

Resumo

OBJETIVO: Analisar os efeitos de uma intervenção pedagógica na aprendizagem de crianças e adolescentes participantes de pesquisa clínica. MÉTODOS: Estudo quantitativo, quasi-experimental e longitudinal, parte de um conjunto de estudos envolvidos no teste de uma vacina contra ancilostomíase. Amostra por conveniência com 133 estudantes de dez a 17 anos, de ambos os sexos, da Escola Municipal de Maranhão, MG, Brasil, 2009. Utilizou-se um questionário estruturado aplicado pré e pós-intervenção. O dispositivo pedagógico foi o Teatro do Oprimido. As variáveis dependentes foram o conhecimento específico e global sobre pesquisa clínica e sobre verminoses; a variável independente foi a participação na intervenção educativa. RESULTADOS: Houve aumento do conhecimento sobre sinais e sintomas, susceptibilidade à reinfecção e modo de contágio da verminose após a intervenção educativa. Aumentaram acertos relativos à duração da pesquisa clínica, aos procedimentos previstos, à possibilidade de desistência da participação e de ocorrência de eventos adversos. Permaneceu a noção de que o propósito primário da pesquisa é terapêutico, embora tenha reduzido o percentual de participantes que associaram a pesquisa ao tratamento médico. O Teatro do Oprimido possibilitou que as discussões acerca da helmintose e da pesquisa clínica fossem contextualizadas e materializadas. Os sujeitos puderam se despojar ou reduzir suas representações prévias. CONCLUSÕES: A participação de crianças e adolescentes em ensaios clínicos deve ser precedida de intervenção educativa, já que indivíduos dessa faixa etária nem sequer reconhecem que têm direito a decidir por si próprios.

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Publicado

2012-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Gazzinelli, M. F., Souza, V. de, Araújo, L. H. L. de, Costa, R. de M., Soares, A. N., & Maia, C. P. C. (2012). Teatro na educação de crianças e adolescentes participantes de ensaio clínico . Revista De Saúde Pública, 46(6), 999-1006. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000600009