Turismo Cultural no Recôncavo Baiano

Panorama das Organizações de Cachoeira, Bahia, Brasil

Autores

  • Lúcia Maria Aquino de Queiroz Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Diomira Maria Cicci Pinto Faria Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v30i2p327-346

Palavras-chave:

Desenvolvimento, Cultura, Turismo Cultural, Organizações, Cachoeira

Resumo

Este artigo objetiva analisar as organizações do turismo cultural da cidade de Cachoeira, localizada no Recôncavo Baiano. Compreendendo a complexidade que envolve o desenvolvimento do turismo e acreditando que os territórios, seus atores sociais e organizações devem ser capazes de conceber e promover formas de turismo que melhor atendam suas necessidades e objetivos de desenvolvimento, busca aprofundar o conhecimento sobre um recurso fundamental ao êxito do turismo cultural em um dado destino: as organizações locais direcionadas à atividade. Em termos metodológicos investiga o perfil, desafios, avaliações e parcerias travadas pelas organizações de Cachoeira, utilizando-se da técnica da “Bola de Neve” (snowball), em que, sucessivamente, um ator indica outro participante. Em seguida, através da Análise de Redes Sociais, realiza mapeamento da dinâmica dessas relações em um determinado período de tempo. Observa, através dos levantamentos realizados, que no Brasil, mesmo em cidades patrimônio nacional, o turismo cultural não é percebido e tratado como prioridade pelos gestores locais e que, de forma geral, as gestões públicas ainda necessitam apoiar mais intensamente esta atividade. Compreende que, através do incremento das ações em parceria, organizações e atores sociais podem se fortalecer e alcançar maior protagonismo nas decisões que permeiam a atividade, sendo este um possível caminho para que o turismo possa expandir-se trazendo uma maior contribuição ao desenvolvimento de espaços urbanos no Brasil.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Lúcia Maria Aquino de Queiroz, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

    Pós-doutora em Estudos do Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais,
    Brasil. Docente do Programa de Mestrado em Políticas Sociais e Território e Serviço Social na Universidade
    Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira-BA, Brasil.

  • Diomira Maria Cicci Pinto Faria, Universidade Federal de Minas Gerais

    Pós-doutora em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais,
    Brasil. Docente do curso de Turismo na Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
    Minas Gerais, Brasil.

     

Referências

Allis, T., & Vargas, H. (2015). Turismo Urbano em São Paulo: reflexões teóricas e apontamentos empíricos. Revista Turismo Em Análise, 26(3), 496-517. https://doi.org/10.11606, 496-517.

Chavoya, G.; Morales, H. & Rendón, C (2018). Escenarios emergentes del turismo, apuntes sobre desarrollo local. Revista Turydes: Turismo y Desarrollo, n. 24. Recuperado de: https://www.eumed.net/rev/turydes/24/talpa-allende.html.

Campus, M., Guimarães, M., Ferreira, L. & Alvares, L. (2017). Estudo da rede de colaboração científica em nanotecnologia na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Campinas: TransInformação.

Dias, P. (2017). Turismo de Experiência: instrumento de alavancagem econômica e social para a cidade de Cachoeira. Dissertação (mestrado). Cruz das Almas: Mestrado em Gestão de Políticas Públicas e Segurança Social, UFRB.

Faria, D. M. C. P. (2017). Um museu no meio do caminho: Inhotim e o desenvolvimento regional. Curitiba: Editora Prismas.

Furtado, C. (1985). O mito do desenvolvimento econômico. São Paulo: Círculo do livro.

Gobbo, S. (2016). Aplicação da teoria de redes no contexto de uma rede de médicos com vínculos profissionais em unidades de saúde públicas e privadas. São Paulo: USP.

Hanneman (2001). Introducción a los métodos del análisis de redes sociales. Califórnia: Universidad de California Riverside.

Ouriques, H. (2005). A produção do turismo: fetichismo e dependência. Campinas, SP: Alínea.

Queiroz, L. & Souza, R. (2009). Caminhos do Recôncavo: proposição de novos roteiros histórico-culturais para o Recôncavo baiano. Salvador: Programa Monumenta, UNESCO.

Rabahy, W. (2003). Turismo e desenvolvimento: estudos econômicos e estatísticos no planejamento. Baurueri, São Paulo: Manole.

Rodrigues, M. (2009). Políticas culturais no município de Cachoeira-Bahia: avanços e desarticulações. (V ENECULT, 27-29 de maio de 2009). Recuperado de: www.cult.ufba.br/enecult2009/19174.pdf.

Santos, M. (2005) O retorno do território. Em: Observatório Social de América Latina. Año 6 no. 16 (jun.2005). Buenos Aires: CLACSO.

Sharpley, R. (2009). Tourism Development and the Environment: Beyond Sustainability? London: Eartscan.

Silva, S. (2003). Organização sócio-territorial e dinâmica dos lugares e regiões. Em: SBM Silva, BCN Silva (Eds.). Estudos sobre globalização, território e Bahia, Salvador: UFBA. Mestrado em Geografia, Departamento de Geografia, (p. 17-32).

Wasserman, S., Faust, K. (1994) Social Network Analysis - Methods and applications. Cambridg: University Press.

Vera, F. (1996). La variable territorial en los procesos de desarrollo turístico. Em: Arquitectura y turismo: planes y proyectos. Barcelona: UPC, Dep. de Urbanismo y Ordenación del Territorio, (p.87-98).

Vera F. (1997). Análisis territorial del turismo. F Vera (Coord.). Barcelona: Ariel Geografia, 443p.

Downloads

Publicado

2019-08-29

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

QUEIROZ, Lúcia Maria Aquino de; FARIA, Diomira Maria Cicci Pinto. Turismo Cultural no Recôncavo Baiano: Panorama das Organizações de Cachoeira, Bahia, Brasil. Revista Turismo em Análise, São Paulo, Brasil, v. 30, n. 2, p. 327–346, 2019. DOI: 10.11606/issn.1984-4867.v30i2p327-346. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rta/article/view/150504.. Acesso em: 24 abr. 2024.