Implicações do tempo em filas na capacidade de carga e na satisfação dos visitantes de parques temáticos

Autores

  • Ana Carolina Padua Machado Universidade de São Paulo
  • Heros Augusto Santos Lobo Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v30i2p199-213

Palavras-chave:

Capacidade de carga social, Percepção de lotação, Turismo de experiência

Resumo

Os parques temáticos são estruturas de lazer criadas a partir do uso da tecnologia e baseada em temas específicos, desenvolvidas para atrair grandes contingentes de pessoas em um espaço relativamente restrito. São compostos por serviços aos visitantes como estacionamento e bilheteria, além de sua finalidade maior, que são suas atrações. A lógica de funcionamento destes parques leva à formação de filas em diversos momentos da visitação. Neste contexto, a presente pesquisa teve por objetivo desenvolver um panorama sobre a percepção dos visitantes dos parques temáticos acerca do tempo de espera nas filas dos principais serviços oferecidos nestes estabelecimentos. Para tanto, foram aplicados questionários pré-estruturados para preenchimento online, com pessoas que já frequentaram parques temáticos. Os dados coletados foram descritos com apoio estatístico – regressão linear e matriz de correlação de similaridade – bem como analisados e relacionados com conceitos de satisfação na visitação, capacidade de carga social e qualidade da experiência. Os resultados demonstraram que os tempos de espera nas filas não afetaram de forma significativa a percepção dos respondentes, uma vez que as avaliações no questionário foram em sua maioria positivas. Assim, concluise que o tempo de espera em filas não afeta negativamente a percepção de lotação e a capacidade de carga social dos parques temáticos na percepção dos visitantes brasileiros.

Palavras-chave: Capacidade de carga social; Percepção de lotação; Turismo de experiência.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ana Carolina Padua Machado, Universidade de São Paulo

    Mestrado em Turismo na Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 

  • Heros Augusto Santos Lobo, Universidade Federal de São Carlos

    Doutorado em Geociências e Meio Ambiente na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, SP, Brasil. Docente no Bacharelado em Turismo na Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP, Brasil.

Referências

Abreu, E. (2008, agosto). O poder da marca Disney como atrativo turístico. Anais do Seminário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo, Belo Horizonte, MG, Brasil, 5. Recuperado de https://www.anptur.org.br/anais/anais/files/5/21.pdf.

Ahmadi, R. (1997). Managing Capacity and Flow at Theme Parks. Operations Research, 45 (1), 1-13.

Alcobia, R. (2004). Dimensões da hospitalidade nos parques temáticos (Dissertação de mestrado). Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.

Ashton, M. (2003). Turismo: a mutação do cotidiano. In Barreto, M. (Org.), Turismo, cultura e sociedade (pp. 11-24). Caxias do Sul: EDUCS.

Alegre, J., & Cladera, M. (2009). Analysing the effect of satisfaction and previous visits on tourist intentions to return. European Journal of Marketing, 43(5/6), 670-686.

Barreto, M., & Nóbrega, K., Souza, L. (2017). Estratégia de serviços: o que há de comum entre os modelos teóricos? Revista Raunp, 9(2), 57-68.

Bendit, Z. (2011). Serviços: Um mundo novo. São Paulo: GVPec.

Camargo, L. O.L. (2010). O que é lazer (4a ed.). São Paulo: Editora Brasiliense.

Carmello, M. (2002). Marketing Mix de Parques Temáticos: O caso do Parque da Mônica de São Paulo (Dissertação de mestrado). EAESP, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, Brasil.

Carnevalli, J.A., Miguel, P. (2001, outubro). Desenvolvimento da Pesquisa de Campo, Amostra e Questionário para a Realização de um Estudo Tipo Survey sobre a Aplicação do QFD no Brasil. In XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Conference Paper. Maceió.

Coccossis, H., & Mexa, A. (2004). The Challenge of Tourism Carrying Capacity Assessment: Theory and Practice. Reino Unido: Ashgate Publishing.

Connellan, Tom. (1998). Nos bastidores da Disney: os segredos do sucesso da mais poderosa empresa de diversões do mundo (19a ed.). São Paulo: Futura.

Corrêa, H., & Caon, M. (2002). Gestão de serviço: lucratividade por meio de operações e satisfação dos clientes (1a ed.) São Paulo: Atlas.

De Farias, S., & Santos, R. (2000). Modelagem de equações estruturais e satisfação do consumidor: uma investigação teórica e prática. RAC, 4(3), 107- 132.

Dumazedier, J. (2000). Lazer e cultura popular (3a ed.). São Paulo: Perspectiva.

Fernandes, A. (2012). A Influência do Tempo de Espera na Satisfação e na Lealdade em Serviços (Dissertação de Mestrado). Universidade do Porto, Porto, Portugal.

Gastal, S., & Castrogiovanni, A.C. (2003). Turismo na pós-modernidade (desinquietações). Porto Alegre: EDIPUCRS.

Iglesias, F. (2007). Comportamentos em filas de espera: uma abordagem multimétodos (Tese de Doutorado). Universidade de Brasília, Brasília, Brasil.

Iglesias, F., & Günther, H. (2009). A espera na vida urbana: uma análise psicossocial das filas. Psicologia em Estudo, 14(3), 537-545.

Krippendorf, J. (2009). Sociologia do turismo. São Paulo: Aleph.

Marcellino, N. (2007). Lazer e educação (12a ed.). Campinas: Papirus.

Martins, J (2016). Lazeres e tempos livres, entre os ócios desejados e os negócios necessários. Revista do Centro de Pesquisa e Formação, 2, 51-58.

Milman, A. (2009). Evaluating the guest experience at theme parks: an empirical investigation of key attributes. International Journal of Tourism Research, 4,(11), 373-387.

Ministério do turismo (2016, julho). Cresce visitação a parques temáticos e aquáticos no Brasil [Portal do Ministério do Turismo]. Recuperado de http://www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/7086-cresce-visita%C3%A7%C3%A3o-a-parques-tem%C3%A1ticos-e-aqu%C3%A1ticos-no-brasil.html.

Nascimento, L (2017, setembro). Cadastro é obrigatório também para parques temáticos [Portal do Ministério do Turismo]. Recuperado de http://www.turismo.gov.br/últimas-notícias/8200-cadastur-cadastro-é-obrigatório-também-para-parques-temáticos.html.

Pikkemaat, B., & Schuckert, M. (2007). Succes factors of theme parks – An exploratory study. Preliminary communication, 55(2), 197-208.

Pimenta, L. (2003). Gerenciamento das Filas de Espera. Editorial Laranjeiras, 1(2), 59 – 60.

Pine, J., & Gilmore, J. (2011). The experience economy (2a ed.) Massachusets: Harvard Business Review Press.

Pires, P. (2005). “Capacidade de carga” como paradigma de gestão dos impactos da recreação e do turismo em áreas naturais. Revista Turismo em Análise, 16(1), 5-28.

Ruschmann, D., Paolucci, L., & Maciel, N.A.L. (2008). Capacidade de carga no planejamento turístico: estudo de caso da Praia Brava – Itajaí frente à implantação do complexo turístico habitacional canto da brava. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 2(2), 41-63.

Santil, J. (2004). Os Parques Temáticos no contexto da atividade turística. Turismo: Visão e Ação, 3(7), 83 – 96.

Santos, G.E.O. (2013). O que determina a satisfação dos turistas internacionais no Brasil? Turismo em Análise, 24(3), 521-543.

Secall, R. (2006). La estrutura de los mercados de los turismos específicos (pp. 171 – 224). In Secall, R., Bernier, E., García, R., & Rojo, M. Estructura de mercados turísticos. Barcelona: Editorial UOC.

Silva, F., & Marques Júnior, S. (2017). Fatores que afetam o encantamento do cliente do turismo de lazer a partir da experiência em parques temáticos. Revista Turismo – Visão e Ação - Eletrônica, 19(1), 103-127.

Stone (2012, agosto). Why waiting is torture. Recuperado de https://www.nytimes.com/2012/08/19/opinion/sunday/why-waiting-in-line-is-torture.html.

Tea/Aecom (2016). Theme Index and Museum Index: The Global Attractions Attendance Report. Burbank: Themed Entertainment Association (tea). Recuperado de http://www.teaconnect.org/images/files/TEA_235_103719_170601.pdf.

Trigo, L. G. G. (2010). Turismo de Experiência. São Paulo: SENAC.

Toni, D., Larentis, F., Mattia, A., & Milan, G. S. (2011). A imagem do comércio varejista e a satisfação dos consumidores: um estudo exploratório ambientado em uma cidade da Serra Gaúcha. BASE - Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, 8(1), 91-104.

Zacarias, D. (2013). Avaliação da capacidade de carga turística para gestão de praias em Moçambique: o caso da praia do Tofo. Revista de Gestão Costeira Integrada, 13(2), 205-214.

Downloads

Publicado

2019-08-29

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

MACHADO, Ana Carolina Padua; LOBO, Heros Augusto Santos. Implicações do tempo em filas na capacidade de carga e na satisfação dos visitantes de parques temáticos. Revista Turismo em Análise, São Paulo, Brasil, v. 30, n. 2, p. 199–213, 2019. DOI: 10.11606/issn.1984-4867.v30i2p199-213. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rta/article/view/149177.. Acesso em: 19 abr. 2024.