Explicando o Consumo Colaborativo por meio da Teoria da Ação Racional

uma aplicação com usuários do Airbnb

Autores

  • Miriam Leite Farias Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria de Lourdes de Azevedo Barbosa Universidade Federal de Pernambuco
  • Luana Alexandre Silva Universidade Federal de Pernambuco
  • João Henriques de Sousa Júnior Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v30i2p290-306

Palavras-chave:

Consumo colaborativo, Teoria da Ação Racional, Atitudes, Norma Subjetiva, Airbnb

Resumo

O fenômeno do Consumo Colaborativo tem ganhado notoriedade no espaço mercadológico mundial, mas ainda é incipiente dentro da literatura acadêmica. A partir desta constatação, o presente artigo objetivou verificar a aplicabilidade do modelo da Teoria da Ação Racional no contexto do Consumo Colaborativo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter quantitativo, aplicando-se um survey com 208 usuários dos serviços da plataforma de hospedagem do Airbnb no Brasil. Por meio de análise de regressão linear múltipla, os resultados indicaram que as atitudes relativas ao comportamento e a norma subjetiva dos consumidores influenciam positivamente na intenção de uso dos serviços do Airbnb. Dessa forma, o estudo apresenta evidências de que a utilização da Teoria da Ação Racional é válida no contexto do consumo colaborativo, contribuindo para o entendimento teórico desse tema com relação ao comportamento dos consumidores turistas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Miriam Leite Farias, Universidade Federal de Pernambuco

    Doutoranda em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

  • Maria de Lourdes de Azevedo Barbosa, Universidade Federal de Pernambuco

    Doutora em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil. Docente do Programa de Pós-graduação em Turismo e Hotelaria na Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

  • Luana Alexandre Silva, Universidade Federal de Pernambuco

    Doutoranda em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

  • João Henriques de Sousa Júnior, Universidade Federal de Santa Catarina

    Doutorando em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Referências

Airbnb. (2018). O que são as taxas de serviço do Airbnb? Airbnb, 2017. Recuperado de: https://www.airbnb.com.br/help/article/1857/what-are-airbnb-service-fees. Acesso em: 28 mar. 2018.

Ajzen, I. (2005). Attitudes, personality, and behavior. McGraw-Hill Education (UK).

Ajzen, I. (2006). Constructing a theory of planned behavior questionnaire.

Ajzen, I. (1985). From intentions to actions: A theory of planned behavior. In Action Control (pp. 11-39). Springer, Berlin, Heidelberg.

Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50(2), pp. 179-211.

Ajzen, I., & Fishbein, M. (1980). Understanding attitudes and predicting social behaviour.

Bang, H. K., Ellinger, A. E., Hadjimarcou, J., & Traichal, P. A. (2000). Consumer concern, knowledge, belief, and attitude toward renewable energy: An application of the reasoned action theory. Psychology & Marketing, 17(6), pp. 449-468.

Barnes, S. J., & Mattsson, J. (2016). Understanding current and future issues in collaborative consumption: A four-stage Delphi study. Technological Forecasting and Social Change, 104, pp. 200-211.

Bardhi, F., & Eckhardt, G. M. (2012). Access-based consumption: The case of car sharing. Journal of Consumer Research, 39(4), pp. 881-898.

Blackwell, R., Miniard, P., & Engel, J. (2001). Consumer behaviour (9 vid.) Harcourt College Publishers.

Beni, M. C. (2003). Globalização do turismo. São Paulo, SP: Aleph.

Botsman, R., & Rogers, R. (2010). What’s mine is yours. The rise of collaborative consumption. Harpers Collins.

Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2016). Métodos de Pesquisa em Administração-12ª Edição. McGraw Hill Brasil.

Cohen, S. (2010). Re-conceptualising lifestyle travellers: contemporary'drifters'.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. In Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto.

Edelman, B. G., & Luca, M. (2014). Digital discrimination: The case of Airbnb. com. Harvard Business School NOM Unit Working Paper, (pp. 14-54).

Edelman, B., Luca, M., & Svirsky, D. (2017). Racial discrimination in the sharing economy: Evidence from a field experiment. American Economic Journal: Applied Economics, 9(2), pp. 1-22.

Ert, E., Fleischer, A., & Magen, N. (2016). Trust and reputation in the sharing economy: The role of personal photos in Airbnb. Tourism Management, 55, pp. 62-73.

Fishbein, M. (1967). A behavior theory approach to the relations between beliefs about an object and the attitude toward the object. In Mathematical Models in Marketing (pp. 87-88). Springer, Berlin, Heidelberg.

Fishbein, M. (1963). An investigation of the relationships between beliefs about an object and the attitude toward that object. Human Relations, 16(3), pp. 233-239.

Fishbein, M., & Ajzen, I. (1975). Belief, attitude, intention, and behavior: An introduction to theory and research.

Forno, F., & Garibaldi, R. (2015). Sharing economy in travel and tourism: the case of home-swapping in Italy. Journal of Quality Assurance in Hospitality & Tourism, 16(2), pp. 202-220.

Guttentag, D. (2015). Airbnb: disruptive innovation and the rise of an informal tourism accommodation sector. Current Issues in Tourism, 18(12), pp. 1192-1217.

Hair, J. F., et al. (2009). Análise multivariada de dados. Tradução: Adonai Schlup Sant’Anna. Porto Alegre: Bookman.

Hamari, J., Sjöklint, M., & Ukkonen, A. (2016). The sharing economy: Why people participate in collaborative consumption. Journal of the Association for Information Science and Technology, 67(9), pp. 2047-2059.

Haynes, B. Hóspedes de Airbnb no Brasil mais que dobram para 1 milhão com Olimpíada de 2016. Reuters, 2017. Recuperado de: http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRKBN16Y1Y0-OBRIN. Acesso: março de 2017.

Heinrichs, H. (2013). Sharing economy: a potential new pathway to sustainability. GAIA-Ecological Perspectives for Science and Society, 22(4), pp. 228-231.

Ismail, S. (2014). Exponential Organizations: Why new organizations are ten times better, faster, and cheaper than yours (and what to do about it). Diversion Books.

Jackson, T. (2005). Motivating sustainable consumption. Sustainable Development Research Network, 29(1), pp. 30-40.

Kathan, W., Matzler, K., & Veider, V. (2016). The sharing economy: Your business model's friend or foe?. Business Horizons, 59(6), pp. 663-672.

King, G. W. (1975). An analysis of attitudinal and normative variables as predictors of intentions and behavior. Communications Monographs, 42(3), 237-244.

Lima, V. M. L. M., & D'Amorim, M. A. (1986). A relação atitude-comportamento à luz da Teoria da Ação Racional. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 38(1), pp. 133-142.

Malhotra, N. K. (2006). Concepção de Pesquisa exploratória: Pesquisa qualitativa. ______. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada, 3.

Martins, E. C. B., Serralvo, F. A., & do Nascimento João, B. (2014). Teoria do Comportamento Planejado: Uma aplicação no mercado educacional superior. Gestão & Regionalidade, 30(88).

Möhlmann, M. (2015). Collaborative consumption: determinants of satisfaction and the likelihood of using a sharing economy option again. Journal of Consumer Behaviour, 14(3), 193-207.

Moutinho, K., & Roazzi, A. (2010). As teorias da ação racional e da ação planejada: relações entre intenções e comportamentos. Avaliação Psicológica, 9(2), pp. 279-287.

Ozanne, L. K., & Ballantine, P. W. (2010). Sharing as a form of anti‐consumption? An examination of toy library users. Journal of Consumer Behaviour, 9(6), pp. 485-498.

Pinottti, R., & Moretti, S. (2018). Hospitalidade e Intenção de Recompra na Economia Compartilhada: um estudo com equações estruturais em meios de hospedagem alternativos. Revista Turismo Em Análise, 29(1), pp. 1-18.

Piscicelli, L., Cooper, T., & Fisher, T. (2015). The role of values in collaborative consumption: insights from a product-service system for lending and borrowing in the UK. Journal of Cleaner Production, 97, 21-29.

Roos, D., & Hahn, R. (2017). Does shared consumption affect consumers' values, attitudes, and norms? A panel study. Journal of Business Research, 77, pp. 113-123.

Sheppard, B. H., Hartwick, J., & Warshaw, P. R. (1988). The theory of reasoned action: A meta-analysis of past research with recommendations for modifications and future research. Journal of Consumer Research, 15(3), pp. 325-343.

Week, L. (2012). I am not a tourist: Aims and implications of “traveling”. Tourist Studies, 12(2), pp. 186-203.

Weber, T. A. (2014). Intermediation in a sharing economy: insurance, moral hazard, and rent extraction. Journal of Management Information Systems, 31(3), pp. 35-71.

Wortham, J. (2011). Room to rent, via web. The New York Times, 15 jul. 2011. Recuperado de: https://mobile.nytimes.com/2011/07/25/technology/matching-travelers-with-rooms-via-the-web.html. Acesso em: 10 abr. 2017.

Zervas, G., Proserpio, D., & Byers, J. (2015). A first look at online reputation on Airbnb, where every stay is above average. Where Every Stay is Above Average.

Downloads

Publicado

2019-08-29

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

FARIAS, Miriam Leite; BARBOSA, Maria de Lourdes de Azevedo; SILVA, Luana Alexandre; SOUSA JÚNIOR, João Henriques de. Explicando o Consumo Colaborativo por meio da Teoria da Ação Racional: uma aplicação com usuários do Airbnb. Revista Turismo em Análise, São Paulo, Brasil, v. 30, n. 2, p. 290–306, 2019. DOI: 10.11606/issn.1984-4867.v30i2p290-306. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rta/article/view/158069.. Acesso em: 19 abr. 2024.