Regulação do uso público e pesquisa em unidades de conservação estaduais do Amazonas: contexto, institucionalização e gerenciamento

Autores

  • João Rodrigo Leitão dos Reis Universidade Federal do Amazonas
  • Marco Antonio de Souza Brito Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v32i3p437-457

Palavras-chave:

Gerenciamento de visitação, Unidades de conservação, Gestão ambiental, Sustentabilidade ambiental

Resumo

A regulação do uso público é essencial para a gestão de unidades de conservação, garantindo segurança técnica e jurídica voltadas à implementação do princípio da sustentabilidade financeira. Este artigo analisa as atividades de uso público nas unidades de conservação estaduais do Amazonas, por meio do monitoramento realizado entre 2015 e 2019, sugerindo-se subsídios técnicos para uma nova regulação das ações. Para isso, utilizou-se o método exploratório, com pesquisa bibliográfica e documental. Constatou-se que somente a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã possui plano de uso público. Apurou-se que foram emitidas 361 autorizações de visitas, atraindo 22.024 visitantes em 21 unidades de conservação. Identificaram-se também 538 autorizações de pesquisas, que abrangeram 3.107 pesquisadores em 42 unidades de conservação. Sugere-se que regramentos futuros foquem em requisitos operacionais para planejamento, controle, cobrança de ingressos, monitoramento, concessão e registro da visitação e pesquisa. Soma-se a isso a criação de um sistema de sistematização, diagnóstico, transparência e prestação de contas dos resultados.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • João Rodrigo Leitão dos Reis, Universidade Federal do Amazonas

    Doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPG-CASA) pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Gerente do Projeto Amazonas Legal pela Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental – AADESAM e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas. Manaus, Amazonas, Brasil.

  • Marco Antonio de Souza Brito, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

    Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Docente do Ensino Médio Técnico e Tecnológico no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Curvelo, Minas Gerais, Brasil.

Referências

Amazonas, Governo do. (2013). Amazonas: 10 anos de política pública em desenvolvimento sustentável – uma trajetória de conquistas e desafios (2003-2013). Manaus: Edições Reggo.

Araújo, M.A.R.; Cabral, R.F. B.; Marques, C.P. (2012). Um novo olhar sobre as unidades de conservação. In.: NEXUCS. Unidades de Conservação no Brasil: o caminho da Gestão para Resultados. São Carlos: RiMa Editora, p. 205-2012.

Bensusan, N. (2006). Conservação da biodiversidade em áreas protegidas. Reimpressão. Rio de Janeiro: Editora FGV.

Dourojeanni, M.J.; Pádua, M.T.J. (2007). Biodiversidade: a hora decisiva. Curitiba: Editora UFPR.

Geluda, L. (2015). Desvendando a compensação ambiental: aspectos jurídicos, operacionais e financeiros. Rio de Janeiro, FUNBIO, p. 98-161.

Gressler, L.A. (2004). Introdução à pesquisa: projetos e relatórios. 2ª edição. São Paulo: Loyola.

Marconi, M.A.; Lakatos, E.M. (2016). Fundamentos de Metodologia Científica. 7ª Ed. São Paulo: Atlas.

Medeiros, R.; Irving, M.A.; Garay, I. (2006). Áreas protegidas no Brasil: Interpretando o contexto histórico para pensar a inclusão social. In.: Irving, M.A.. Áreas protegidas e inclusão social: construindo novos significados. Rio de Janeiro, Fundação Bio-Rio: Núcleo Editorial Aquarius, p. 15-40.

Medeiros, R.; Young, C.E.F. (2011). Contribuição das unidades de conservação brasileiras para a economia nacional: Relatório Final. Brasília: UNEP ‐ WCMC, 2011.

MMA. Ministério do Meio Ambiente do Brasil. (2009). Pilares para a Sustentabilidade Financeira do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. 2ª edição atualizada e ampliada. Série Áreas Protegidas do Brasil nº. 7. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Brasília: MMA. https://ava.icmbio.gov.br/mod/data/view.php?d=17&rid=2397.

Morsello, C. (2001). Áreas Protegidas públicas e privadas: seleção e manejo. São Paulo: Annablume / Fapesp.

Reis, J. R. L. dos, Tello, J. C. R., & Fischer, C. (2013). Percepções do turismo em atrativos da APA Caverna do Maroaga, Presidente Figueiredo/AM. Revista Turismo Em Análise, 24(1), 145-169. https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v24i1p145-169.

Reis, J. R. L. dos, Tello, J. C. R., & Fischer, C. (2018). Percepções Sobre o Turismo em Áreas Rurais: limitações e possibilidades na APA Caverna do Maroaga, Presidente Figueiredo/AM. Revista Turismo Em Análise, 29(1), 108-127. https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v29i1p108-127.

Schaefer, R.T. (2016). Fundamentos de Sociologia. Tradução: Maria Teresa Almeida Machado da Silva. 6ª edição, Porto Alegre: AMGH.

SEMA. (2020). Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas. Acervo Técnico do Departamento de Mudanças Climáticas e Unidades de Conservação – DEMUC. http://meioambiente.am.gov.br/.

SEUC. (2007). Sistema Estadual de Unidades de Conservação do Amazonas. Lei Complementar Estadual n.º 53/2007, de 05/06/2007. https://sapl.al.am.leg.br/norma/844.

SISBio. (2014). Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio. Instrução Normativa nº 03/2014 - ICMBio, de 01/09/2014. https://www.icmbio.gov.br/flonatapajos/images/stories/INSTRU%C3%87%C3%83O_NORMATIVA_ICMBio_N%C2%BA_3_DE_2014__com_retifica%C3%A7%C3%A3o_do_DOU18062015.pdf.

SNUC. (2000). Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Lei Federal n.º 9.985/2000, de 18/07/2000. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm.

Vasconcelos, E.M. (2011). Complexidade e pesquisa interdisciplinar: epistemologia e metodologia operativa. 5ª ed. Petrópolis: Vozes.

Yin, R.K. (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. 5ª edição, Porto Alegre: Bookman.

Downloads

Publicado

2021-06-17

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

REIS, João Rodrigo Leitão dos; BRITO, Marco Antonio de Souza. Regulação do uso público e pesquisa em unidades de conservação estaduais do Amazonas: contexto, institucionalização e gerenciamento. Revista Turismo em Análise, São Paulo, Brasil, v. 32, n. 3, p. 437–457, 2021. DOI: 10.11606/issn.1984-4867.v32i3p437-457. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rta/article/view/185489.. Acesso em: 19 abr. 2024.